11 de janeiro de 2025

Lewandowski: operação para prender mandantes da morte de Marielle foi antecipada para evitar vazamento

PF prendeu Domingos e Chiquinho Brazão, suspeitos de terem determinado a morte da vereadora, foram presos neste domingo. Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil do Rio à época do crime, também foi detido. Ricardo Lewandowski dá entrevista coletiva em Brasília em 19 de março sobre a delação de Ronnie Lessa.
Reprodução
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse ao blog que a operação deste domingo (24) que levou à prisão dos suspeitos de mandar matar Marielle Franco, foi antecipada em alguns dias para evitar vazamentos.
O fato de acontecer em um domingo mostra que não foi uma operação usual.
“Uma investigação que durou seis anos – um ano com a Polícia Federal, um trabalho exitoso”, disse Lewandowski ao blog nesta manhã.
Para a PF, o caso Marielle está encerrado do ponto de vista dos mandantes. Segundo o ministro, o próximo passo é aguardar desdobramentos que podem vir dos mandados de busca e apreensão, e desvendar quem é quem no crime organizado do Rio de Janeiro.
As defesas dos presos neste domingo ainda não se pronunciaram.
‘Ecossistema do crime’
Na operação deste domingo, foram presos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ); Chiquinho Brazão, irmão de Domingos e deputado federal pelo União Brasil; e Rivaldo Barbosa, que era chefe da Polícia Civil à época do atentado e hoje é coordenador de Comunicações e Operações Policiais da instituição.
A ação ocorre menos de uma semana depois de Lewandowski anunciar que a delação de Ronnie Lessa, suspeito de ser o autor dos disparos que mataram Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, foi homologada do Supremo Tribunal Federal (STF).
Agora, a PF quer usar a delação de Lessa para avançar nas investigações que desvendem outros crimes no Rio de Janeiro – do jogo do bicho à milícia.
Investigadores e fontes no Supremo Tribunal Federal (STF) tratam Lessa como um arquivo vivo e esperam que, além de desfecho no caso, a delação do miliciano preso possa levar a desvendar o que chamam de “ecossistema” do crime no estado.
Na visão de fontes ligadas à investigação, Lessa é “uma mina de informação’’ e pode ajudar a desmontar a atuação de milicianos no Rio de Janeiro.

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