15 de janeiro de 2025

Liderança do Hamas diz que mudanças propostas em acordo de cessar-fogo não são significativas; veja pontos

Em entrevista à agência Reuters, autoridade do Hamas disse que grupo exige retirada total das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Acordo está sendo mediado por EUA, Egito e Catar. Palestinos observam destruição após bombardeio israelense no dia 22 de maio de 2024 contra a cidade de al-Zawaida, na província de Deir al-Balah, no centro de Gaza
Bashar Taleb/AFP
Uma alta liderança do Hamas afirmou à agência Reuters que as mudanças propostas no acordo de cessar-fogo com Israel “não são significativas”. As informações foram publicadas na madrugada desta quinta-feira (13).
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O acordo está sendo costurado com a mediação de Estados Unidos, Egito e Catar. O Hamas disse na terça-feira (11) que aceitava os termos, mas propôs alterações. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, avaliou que algumas mudanças são viáveis, enquanto outras são “impraticáveis”.
À Reuters, um dos líderes do Hamas, que não foi identificado, detalhou algumas das mudanças exigidas pelo grupo terrorista. Veja a seguir:
retirada completa das tropas israelenses da Faixa de Gaza;
fim do bloqueio israelense em Gaza, permitindo a livre circulação de bens e pessoas no território;
libertação de 100 palestinos que estão presos em Israel com penas elevadas.
Em relação aos prisioneiros, segundo a liderança do Hamas, Israel não estaria de acordo com a libertação de palestinos com sentenças elevadas. Uma das propostas limitava a liberação para aqueles que tivessem, no máximo, 15 anos restantes de prisão.
Três fases, fim dos combates e libertação de todos os reféns: o que prevê o cessar-fogo entre Israel e Hamas aprovado na ONU
Resolução da ONU
Na segunda-feira (10), o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução de cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas. O placar da votação foi de 14 votos a favor, zero contra e uma abstenção, da Rússia.
O texto, elaborado pelos israelenses e proposto ao Conselho pelos Estados Unidos, pressiona o grupo terrorista a aceitar os termos. A resolução demanda “as duas partes a aplicarem plenamente os seus termos, sem demora e sem condições”.
A aprovação do projeto, no entanto, não significa que as partes em guerra vão cumpri-lo. O acordo é previsto para ter três fases. Em uma primeira fase, o plano prevê os seguintes termos:
Cessar-fogo absoluto com duração de seis semanas;
Retirada das forças Israel das áreas densamente povoadas da Faixa de Gaza;
Libertação de reféns sequestrados durante o ataque do grupo terrorista Hamas, entre eles mulheres, idosos e feridos, em troca da libertação de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
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