O governo israelense acusa a agência de abrigar terroristas envolvidos no atentado de 7 de outubro de 2023 e de ser conivente com o Hamas. Líderes mundiais questionam decisão de Israel de banir a agência da ONU de ajuda aos palestinos
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Líderes mundiais pediram nesta terça-feira (29) que o governo de Israel não vá adiante com a lei que proíbe o funcionamento da agência da ONU responsável pela ajuda humanitária aos palestinos.
Para entrar na Faixa de Gaza ou na Cisjordânia e levar ajuda humanitária a milhares de pessoas em situação precária, a agência da ONU para refugiados palestinos precisa passar pelo território de Israel. Com a lei aprovada pelo Parlamento israelense, na noite desta segunda-feira (28), essa passagem será proibida.
A agência que ajuda os palestinos foi declarada como terrorista e impedida de atuar em Israel. Funcionários israelenses não podem mais ter contato com a agência.
O governo israelense acusa a agência de abrigar terroristas envolvidos no atentado de 7 de outubro de 2023 e de ser conivente com o Hamas.
A ONU demitiu em agosto nove funcionários suspeitos de envolvimento nos ataques e não considera justa a generalização feita por Israel. Também lembra que mais de 200 funcionários morreram em bombardeios israelenses.
Líderes mundiais questionam decisão de Israel de banir a agência da ONU de ajuda aos palestinos
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Outras agências da ONU, como o UNICEF, disseram que a medida pode resultar na morte de mais crianças. As críticas chegaram até dos maiores aliados. O Departamento de Estado americano ameaçou interromper o envio de armas a Israel.
Os Estados Unidos consideram insuficiente a ajuda que Israel tem permitido e exigem a normalização dos carregamentos.
Líderes mundiais questionam decisão de Israel de banir a agência da ONU de ajuda aos palestinos
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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que até a lei entrar em vigor, daqui a 90 dias, vai conversar com os parceiros para garantir a ajuda humanitária a Gaza.
Enquanto isso, os ataques de Israel se tornam ainda mais intensos. Foram quase 100 mortos em Gaza, nas últimas 24 horas, e 60 no Vale de Bekaa, no Líbano, onde prédios foram literalmente para o chão.
Ataques de Israel se tornam ainda mais intensos
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O novo chefe, escolhido pelo Hezbollah, Sheik Naim Kassem, esteve presente na fundação do grupo, há mais de 40 anos. Em um pronunciamento recente, defendeu um cessar-fogo.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, publicou: “É uma nomeação temporária. Não vai durar muito.”
O novo chefe, escolhido pelo Hezbollah, Sheik Naim Kassem
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