21 de setembro de 2024

‘Lista suja’ do trabalho escravo tem 18 novos empregadores do Sul de Minas; veja de quais cidades

De acordo com o Ministério do Trabalho, 149 trabalhadores resgatados foram incluídos na nova atualização divulgada nesta sexta-feira (5). A “lista suja” do trabalho escravo, atualizada nesta sexta-feira (5) pelo Ministério do Trabalho, tem 18 novos empregadores do Sul de Minas que submeteram pessoas a condições análogas à de escravidão. No total, 149 trabalhadores resgatados foram incluídos na nova atualização.
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Popularmente conhecida como “lista suja”, o documento é o principal instrumento de políticas públicas para o combate ao trabalho escravo. Por meio dela, é possível verificar e combater o problema. Em todo Brasil, a relação conta com 654 nomes, que podem ser conferidos no site do governo federal.
A atualização da lista acontece em abril e outubro de cada ano. Desta vez, foram acrescentados 18 novos nomes do Sul de Minas ao documento.
Veja de onde são os empregadores incluídos na nova lista:
Boa Esperança: 5 trabalhadores em uma fazenda e mais 6 em outra
Bueno Brandão: 1 trabalhador
Campanha: 2 trabalhadores
Campestre: 5 trabalhadores em um sítio e mais 5 em outro
Campo do Meio: 1 trabalhador
Delfinópolis: 25 trabalhadores
Espírito Santo do Dourado: 2 trabalhadores
Estiva: 8 trabalhadores
Ilicínea: 9 trabalhadores em uma fazenda e 24 em outra
Itamogi: 24 trabalhadores
Muzambinho: 5 trabalhadores
Poço Fundo: 7 trabalhadores
São Pedro da União: 11 trabalhadores em um sítio e 7 em outro
Varginha: 2 trabalhadores
Conforme a nova atualização do governo federal, 149 trabalhadores foram resgatados nas 18 propriedades incluídas nesta sexta-feira na lista.
Em 2023, trabalhadores foram resgatados em situação análoga à escravidão em colheita de laranja em Ibiraci (MG)
Divulgação/PRF
Ano após ano
A região tem mostrado crescimento no número de propriedades incluídas na Lista Suja. Isso porque, em 2022 eram 7 empregadores. Em 2023 foram incluídos novos 17 durante todo o ano. Já agora, na nova atualização, mais 18.
2024
Boa Esperança: 2 empregadores
Bueno Brandão: 1 empregador
Campanha: 1 empregador
Campestre: 2 empregadores
Campo do Meio: 1 empregador
Delfinópolis: 1 empregador
Espírito Santo do Dourado: 1 empregador
Estiva: 1 empregador
Ilicínea: 2 empregadores
Itamogi: 1 empregador
Muzambinho: 1 empregador
Poço Fundo: 1 empregador
São Pedro da União: 2 empregadores
Varginha: 1 empregador
2023:
Ilicínea: 3 empregadores
Cabo Verde: 1 empregador
São Sebastião da Bela Vista: 1 empregador
Machado: 1 empregador
Serranos: 1 empregador
Bom Jesus da Penha: 1 empregador
Jacuí: 1 empregador
Machado/Paraguaçu: 1 empregador
Poço Fundo: 1 empregador
Heliodora: 1 empregador
São Sebastião do Paraíso: 1 empregador
Andradas: 2 empregador
Albertina: 1 empregador
Monte Belo: 1 empregador
2022
Espírito Santo do Dourado: 1 empregador
Carmo do Rio Claro: 1 empregador
Conceição da Aparecida: 1 empregador
Carvalhópolis: 1 empregador
Caldas: 1 empregador
Campestre: 1 empregador
Ibiraci: 1 empregador
A Lista Suja
Iniciada em 2004, com publicação semestral, a lista suja sofreu impasses nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).
A divulgação chegou a ser suspensa de 2014 a 2016, até que uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a constitucionalidade da lista.
Conforme o MTE, a inclusão de pessoas físicas ou jurídicas no Cadastro de Empregadores só ocorre quando há a conclusão do processo administrativo que julgou o caso de trabalho escravo, no qual a decisão não cabe mais recurso.
Após inserção no cadastro, o nome de cada empregador permanecerá publicado pelo período de dois anos.
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