26 de dezembro de 2024

Lula fala por telefone com Biden sobre impasse eleitoral na Venezuela

Conversa foi marcada a pedido do governo norte-americano. Biden quer ouvir de Lula a posição do governo brasileiro sobre a crise política venezuelana. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, nesta terça-feira (30). O assunto foi o impasse eleitoral na Venezuela.
A conversa foi marcada a pedido do governo norte-americano. Biden quer ouvir de Lula a posição do governo brasileiro sobre a crise política venezuelana.
A eleição presidencial no país vizinho foi realizada neste domingo (28).
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, o órgão eleitoral daquele país, que é ligado ao governo, apontou a vitória do atual presidente Nicolás Maduro por 51,2% dos votos. O oposicionista Edmundo Gonzalez teria ficado em segundo lugar.
Mas a oposição alega que a eleição foi fraudada e que Edmundo, na verdade, foi o vencedor. Maduro está no poder desde 2013. Desde então, ele ganhou duas eleições, ambas acusadas, pela oposição e organismos internacionais, de não terem respeitado regras de transparência e princípios democráticos.
A falta de divulgação das atas tem sido um dos principais pontos de desconfiança em relação ao resultado das eleições. As atas são boletins que registram os votos em cada urna e que não foram devidamente apresentadas pelas autoridades venezuelanas.
O Brasil já pediu para a Venezuela apresentar as atas.
Esse impasse afeta o Brasil, não só porque a Venezuela faz fronteira com o país ao norte, mas também porque Lula, no início do mandato, tentou reintegrar Maduro à política do continente e buscou influenciar o presidente venezuelano no sentindo de realizar eleições democráticas na Venezuela.
Nas últimas semanas, Maduro radicalizou o discurso, e o próprio Lula se disse “assustado”. Agora, o governo brasileiro tem que decidir que ação tomará.
Por enquanto, de forma cautelosa, o Brasil está cobrando pela divulgação das atas. Mas outros vizinhos e parceiros já contestaram o resultado eleitoral na Venezuela, como o Uruguai, o Chile e a Argentina.

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