Ideia inicial era enviar o vice-presidente Geraldo Alckmin, mas presidente avaliou que era preciso fazer um gesto de prestígio à Claudia Sheinbaum; Venezuela também foi ingrediente para decisão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu mudar os planos e ir à posse de Claudia Sheinbaum como nova presidente do México, em 1º de outubro.
Inicialmente, Lula iria ao México para visitar o ainda presidente Andrés Manuel López Obrador, no fim de setembro.
Essa visita aconteceria numa escala antes de seguir para Nova York, para a Assembleia-Geral da ONU, entre 22 e 25 de setembro.
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Dessa forma, a previsão era que o vice-presidente Geraldo Alckmin fosse à posse de Sheinbaum, representando o governo brasileiro.
Segundo fontes do Palácio do Planalto, Lula avaliou que era preciso fazer um gesto de prestígio à nova presidente.
A tese ganhou ainda mais força após o desembarque do México da trinca de países que buscavam uma solução para a crise na Venezuela.
Em 14 de agosto, o mandatário mexicano decidiu suspender qualquer contato com Lula e com o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, enquanto o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) não emitisse um posicionamento sobre o pleito.
Na semana passada, o tribunal declarou Maduro como vencedor e proibiu a divulgação das atas com o resultado do pleito.
Brasil e Colômbia permanecem alinhados e emitiram um novo comunicado conjunto sobre o país vizinho no último sábado (24).
“O presidente avalia constantemente as relações com os países e nota que é importante fazer o gesto não só a quem está se despedindo, mas para quem está chegando”, disse uma fonte, se referindo à nova presidente, Claudia Sheinbaum e ao atual mandatário, López Obrador.