Anne reencontrou tutoras na tarde desta segunda-feira (23). Filhote foi apreendido no fim de novembro, após ser visto em shopping; Ibama vai recorrer da decisão. Macaco-prego apreendida brincando com outros no Cetas do DF
A macaco-prego que foi apreendida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) voltou para a casa da família no Gama, nesta segunda-feira (23), após decisão judicial. O instituto informou que vai recorrer da decisão (saiba mais abaixo).
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Anne estava com a família desde fevereiro, mas, após passeio em shopping de Brasília, foi apreendida pelo Ibama. A família entrou na Justiça, que determinou que a macaca fosse devolvida à tutora até uma decisão final no processo.
Segundo a tutora, a macaca foi trazida de um criadouro de Santa Catarina e a família pagou R$ 30 mil pelo filhote. Na decisão, o desembargador afirmou que a tutora apresentou a nota fiscal e a comprovação de microchipagem da macaca “demonstrando, no mínimo, boa-fé com relação à aquisição do animal”.
A Polícia Civil do Distrito Federal, através da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA), abriu um inquérito policial para investigar o caso, sobretudo se a documentação da compra de Anne é verdadeira.
Apreensão
Mulher leva macaca para shopping no DF.
Durante um passeio em um shopping de Brasília, em 16 de novembro, a tutora do animal foi abordada e orientada a levar Anne ao instituto para regularizar a situação. Mas, ao chegarem no Ibama, a macaca foi apreendida e encaminhada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas).
A família levou ao Ibama os documentos da compra de Anne, mas os funcionários do Ibama não reconheceram a legalidade da documentação e aplicaram uma multa de R$ 10 mil para a família. O animal ficou mantido no Cetas, em Taguatinga(veja vídeo abaixo).
O que diz o Ibama
Na tarde desta segunda, o Ibama cumpriu a decisão judicial e informou que vai recorrer da decisão, porque, segundo o instituto, criar primatas em casa é perigoso tanto para a saúde dos humanos quanto dos animais. Além disso, o Ibama diz que quando o macaco chega na fase adulta, ele fica agressivo.
“O Ibama cumpre e cumprirá toda decisão judicial. Isso não significa, necessariamente, que o Ibama concorde com essa decisão. Em razão disso, nós recorreremos dessa decisão”, disse Roberto Cabral, agente ambiental do Ibama.
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