25 de fevereiro de 2025

Macron diz que trégua na Ucrânia pode ser alcançada ‘nas próximas semanas’


Presidente francês se reuniu com Donald Trump na Casa Branca nesta segunda-feira (24) para conversar sobre guerra no Leste Europeu. Emmanuel Macron e Donald Trump se cumprimentam após encontro na Casa Branca
Evelyn Hockstein/Reuters
O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta segunda-feira (24) que uma “trégua” na guerra na Ucrânia poderia ser alcançada nas “próximas semanas”.
“Primeiro, é necessária uma trégua. Acredito que ela poderia ser alcançada nas próximas semanas”, afirmou Macron em entrevista à Fox News após uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca.
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O encontro entre Trump e Macron ocorre no aniversário de três anos da guerra no Leste Europeu após dias de tensão entre os líderes mundiais, após Trump indicar uma aproximação com o presidente russo, Vladimir Putin.
Trump e Macron concordaram com a presença de militares de países europeus na Ucrânia para garantir a paz após a assinatura de um acordo. Trump, que disse já ter conversado por telefone com o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou ainda que “Putin aceitará” a permanência dessas tropas em território ucraniano.
Sobre o líder russo, Macron afirmou que há muito não conversa com ele, mas espera que, com a volta do Republicano à Casa Branca, haja “novo contexto” e uma “nova oportunidade para se conectar novamente” com Moscou.
Durante o encontro, Trump e Macron divergiram sobre o quanto cada potência gastou apoiando Kiev no conflito. “Os Estados Unidos disponibilizaram muito mais ajuda à Ucrânia do que qualquer outra nação”, disse o americano — a fala é contestada por especialistas.
Macron contemportizou, afirmando que a Europa custeou cerca de 60% do esforço de guerra de Kiev.
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Declarações ríspidas
O encontro na Casa Branca é uma trégua momentânea na guerra de palavras de líderes mundiais acerca do conflito. Na semana passada, Trump chamou Zelensky de “comediante modestamente bem-sucedido” e “ditador”, além de fazer ameaças diretas.
Dois dias depois, ele afirmou que a presença de Zelensky na mesa de negociações não era muito importante: “Ele está lá há três anos. Ele faz com que seja muito difícil fechar acordos”, afirmou, em uma entrevista.
Representantes dos EUA e da Rússia chegaram a se reunir na Arábia Saudita para negociar o fim do conflito sem a presença de nenhuma autoridade ucraniana.
Zelensky, por sua vez, acusou Trump de exigir US$ 500 bilhões em riquezas da Ucrânia em troca de apoio dos Estados Unidos. O presidente ucraniano afirmou ainda que não poderia vender o próprio país.
No último dia 17, líderes europeus já haviam afirmado estar prontos para enviar tropas de paz para a Ucrânia após a eventual assinatura de um acordo de paz entre Moscou e Kiev. Os europeus defenderam aumentar o gasto militar para se proteger da ameaça expansionista da Rússia, após uma reunião de emergência realizada em Paris.
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