17 de novembro de 2024

Mãe de criança de sete anos e apegada à família: quem era a mulher estuprada e morta em terreno baldio no Paraná

Jociele de Jesus Abreu tinha 32 anos. Câmera registrou momento em que ela foi atacada. Corpo foi encontrado dois dias após ela desaparecer. Mulher é estuprada e morta após ser arrastada para matagal, diz polícia
Aos 32 anos, a auxiliar de produção Jociele de Jesus Abreu foi estuprada e morta após ser arrastada para um terreno baldio em Arapoti, nos Campos Gerais do Paraná. Ela tinha 32 anos e deixa uma filha de sete anos.
Até ter a vida interrompida pelo crime, Jociele trabalhava em uma indústria de produtos médicos e hospitalares.
Uma câmera de monitoramento registrou o momento em que ela foi atacada pelo suspeito, identificado como Juliano Constantino. Nas imagens, ele aparece se aproximando dela e a levando à força para o matagal. Cerca de meia hora depois, ele saiu do terreno e foi embora. Assista acima.
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Jociele desapareceu após sair de casa no sábado (17). O corpo dela foi encontrado na segunda-feira (19). Juliano é um homem em situação de rua e foi preso na terça-feira (20).
Josmar dos Santos Leite, primo de Jociele, conta que ela era uma pessoa muito querida e dedicada à família e ao trabalho. Por isso, os familiares e amigos estão em choque com o que aconteceu.
“A única coisa que a gente pede é que a pessoa que fez isso pague. Porque isso não pode ficar assim”, desabafa.
Jociele de Jesus Abreu tinha 32 anos
Reprodução/Redes Sociais
De acordo com familiares, Jociele era muito apegada à mãe e ao pai. Ela era divorciada e morava com a filha no mesmo terreno que os pais, em uma casa ao fundo.
Dias antes de ser morta, Jociele saiu do hospital após duas semanas internada para tratar asma. A família acredita que ela não correu devido à doença respiratória.
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O corpo de Jociele foi sepultado na terça-feira (20), no Cemitério Municipal de Arapoti.
Para domingo (25), a família está organizando uma caminhada para homenageá-la e pedir Justiça.
A concentração está agendada para às 14h30 no chafariz de Arapoti. Às 15h, a caminhada parte em direção ao lugar onde ela foi encontrada e depois continua até o cemitério.
Caminhada vai homenagear e pedir justiça pela vítima
Reprodução/Redes Sociais
Relembre o caso
De acordo com o delegado Gumercindo Athayde, na noite de sábado Jociele saiu de casa dizendo à família que ia jantar. Ela não voltou para casa e, na manhã de segunda (19), familiares registraram boletim de ocorrência do desaparecimento.
“Imediatamente, os nossos agentes passaram a traçar o itinerário que ela fez. Enquanto a gente estava colhendo essas informações, chegou para nós a informação de que foi encontrado o corpo de uma mulher por volta do meio-dia nessa área e, quando a polícia chegou ao local, percebeu que era a vítima desaparecida no sábado à noite”, detalha Athayde.
A partir de imagens de câmeras de segurança a polícia identificou o suspeito. O delegado afirma que trata-se de Juliano Constantino, de 33 anos.
Em situação de rua, ele é conhecido por circular pelas cidades vizinhas de Arapoti, Jaguariaíva e Wenceslau Braz e foi preso na terça-feira (20).
VEJA DETALHES DA PRISÃO: Homem em situação de rua é preso suspeito de estuprar e matar mulher no Paraná
Delegado fala sobre caso de mulher estuprada e morta em terreno baldio no Paraná
O delegado afirma que Juliano não conhecia Jociele e que, pelas imagens, é possível ver que ele se aproxima dela quando a vê sozinha.
“A vítima percebe essa aproximação, tenta acelerar o passo e tenta conversar com ele para chegar até uma área mais povoada para tentar pedir socorro, mas ela não consegue. Quando ele vê que há uma mata no local, ele a agarra, dá uma ‘gravata’ nela e os dois caem para uma área mais abaixo do nível da rua”, explica o delegado.
Athayde também conta que o corpo de Jociele foi encontrado com sinais de violência física e sexual; além de hematomas no rosto e no pescoço que indicam possível estrangulamento, ela estava sem as roupas de baixo e com as de cima rasgadas.
“A gente entende que ele abordou a vítima com a intenção do estupro e começou a agredi-la. Não sabemos se o estupro iniciou se quando ela ainda estava viva ou se depois de morta, dependemos do laudo do IML Instituto Médico Legal]”, complementa o delegado, que define o crime como um “ataque brutal”.
Até a última atualização desta reportagem, o suspeito ainda não tinha defesa constituída no processo.
Jociele de Jesus Abreu tinha 32 anos
Cedida pela família
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