8 de janeiro de 2025

Mais de 300 gatos vivem hoje no Parque Municipal de BH; animais são protegidos há 20 anos por voluntários

O parque, com 180 mil m², se tornou, ao longo dos anos, ponto de abandono de gatos em Belo Horizonte. Os animais são alimentados por ongs de proteção aos animais e por pessoas que passam pelo local. Gatinhos do Parque Municipal de Belo Horizonte
Quem visita o Parque Municipal Américo Renné Giannetti, um dos cartões-postais de Belo Horizonte, certamente já viu, ou verá, um grupo — ou “gangue” — circulando pelo espaço de 183 mil m². Vistos por alguns como mal-encarados, seus integrantes vencem pelo afeto e pelo ronronar.
O parque abriga hoje mais de 300 gatos. Muitos deles foram abandonados no local. Há mais de 20 anos, eles são cuidados por voluntários, defensores dos animais. Mas foi só em 2011 que foi criada a Associação SOS Gatinhos do Parque, uma ONG dedicada exclusivamente à proteção dos felinos.
Gatinhos do Parque Municipal de Belo Horizonte
Jô Andrade/g1 Minas
Respeito aos animais
Com o passar dos anos e com mais voluntários dispostos a cuidar dos bichinhos, o grupo foi crescendo e ganhando visibilidade nas redes sociais.
Em 2020, foi criada a página SOS Gatinhos do Parque, para replicar as principais necessidades da ONG.
Gatinhos do Parque Municipal de Belo Horizonte
Jô Andrade/g1 Minas
Com recursos próprios, as protetoras costumavam comprar mais de 40 quilos de ração por dia. Atualmente, a ONG conta com parceiros e as doações de rações cresceram. Um dos apoiadores chega a oferecer 100 quilos de ração todos os meses. As cuidadoras também alimentam os animais com petiscos e patês para gatos.
Protetores da ONG SOS Gatinhos do Parque
Reprodução/redes sociais
Felinos do parque
Gatinhos do Parque Municipal de Belo Horizonte
Jô Andrade/g1 Minas
Para além do cuidado das protetoras, a Prefeitura de Belo Horizonte realiza, há cerca de três anos, atendimento veterinário gratuito, como vacinação, castração e controle de zoonoses, além de encaminhamento para adoção.
Com a ajuda de outras voluntárias, o grupo foi crescendo e perceberam a necessidade de se dividir para atender todos os animais.
Para isso, o parque foi dividido em quatro áreas, são elas:
Área Carandaí – Abrange desde a Alameda Ezequiel Dias até a Avenida Carandaí e Palácio das Artes
Área da Afonso Pena – Todo o percurso que margeia uma das principais vias de BH
Área da Dulce – Recebeu o nome de uma das protetoras, e abrange desde o Teatro Francisco Nunes, a Rua da Bahia e a portaria da Avenida dos Andradas
Área da Irene – Recebeu o nome de uma das protetoras, e abrange desde o Coreto do parque até a área dos brinquedos
Além dos cuidados durante o dia, um grupo de voluntárias também alimenta e repõe a água dos gatos no período noturno.
De acordo com a Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, dois veterinários da prefeitura são responsáveis pelo cálculo de alimentos. De segunda a sexta-feira, funcionários fazem a distribuição e, aos finais de semana e feriados, as protetoras da ONG assumem a função.
“Com o controle da alimentação centralizado nos veterinários que acompanham os felinos do parque, é possível assegurar que não haja falta nem excesso de alimentos para nenhum dos animais da colônia que vive no local”, afirmou a Fundação de Parques, em nota.
Gatinhos do Parque Municipal de Belo Horizonte
Jô Andrade/g1
Como ser voluntário
Os voluntários que têm interesse em cuidar dos felinos pessoalmente, precisam, necessariamente, estarem vacinados com a antirrábica.
Para participar, basta se inscrever no formulário disponibilizado pela Gatinhos do Parque nas redes sociais.
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