22 de setembro de 2024

Mais de 40 pessoas foram vítimas de queimadura por águas-vivas no litoral do Piauí em 24 horas

Jaquelline Soares, técnica de enfermagem do Samu de Luís Correia, alertou banhistas que não entrem no mar hoje. Mais de 40 pessoas foram vítimas de queimadura por águas-vivas no litoral em 24 horas
Mais de 40 pessoas foram vítimas de queimadura por águas-vivas em Luís Correia, litoral do Piauí, em 24 horas, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da cidade. Segundo Jaquelline Soares, técnica de enfermagem do Samu, no sábado (21) foram registrados 32 atendimentos e hoje já passa de 15 vítimas.
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“Passando aqui para dar um alerta ao papais, mamães, turistas, banhistas, donos de bares do nosso litoral, que evitem o banho, principalmente com crianças. Estamos com um número grande de atendimentos de queimaduras por águas-vivas do tipo Caravela Portuguesa”, alertou a profissional.
Conforme o Samu, uma equipe do Corpo de Bombeiros está nas praias de Atalaia, Coqueiro, Peito de Moça, Itaqui, Arrombado, Carnaubinha, Maramar e Macapá para alertar as pessoas e os donos de barracas da situação.
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De acordo com Jaquelline, esses animais estão tanto dentro da água quanto na areia da praia, devido a isso é preciso atenção e cuidado.
Águas-vivas em Luís Correia, litoral do Piauí
Luís Gustavo Graça / TV Clube
Alta da maré
Maré avança e destrói barracas na Praia de Maramar, no litoral do Piauí
Mais de 15 barracas foram atingidas e parcialmente destruídas nas praias de Maramar e Macapá, em Luís Correia, no litoral do Piauí, após subida da maré com a ressaca do mar, que começou na última terça-feira (17). A previsão é que a situação se estenda pelo menos até domingo (22), e pode causar mais prejuízos.
Ao g1, a proprietária Clécia Oliveira afirmou que perdeu três vãos de sua barraca e ficou apenas com a parte da rampa de acesso para pessoas com deficiência. Nem mesmo as manilhas de concreto colocadas no local contiveram a maré. Segundo ela, vizinhos lidaram com perdas ainda maiores.
Ressaca faz maré avançar e destruir barracas nas praias de Maramar e Macapá, no Piauí
Reprodução
“A maré chegou até a cozinha da barraca de um vizinho nosso. A destruição foi feia. Eu perdi cerca de 70% da minha barraca, que tem uma extensão de 50 metros, de um lado a outro, em frente à praia”, contou Clécia.
A dona da barraca apontou que, embora haja ressacas marítimas todos os anos, a que aconteceu nesta semana foi mais intensa que as outras. As ondas chegaram a ultrapassar o calçamento da praia.
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Arquivo pessoal
Ação humana agrava prejuízos, diz bióloga
A situação dos proprietários está sendo acompanhada pela prefeitura de Luís Correia e a Comissão Ilha Ativa, que atua no litoral piauiense. Conforme a bióloga Liliana Souza, membro do grupo, o avanço da maré sofre influência da lua, mas também é consequência da intervenção humana na natureza.
“A erosão marinha, que causa esse intenso avanço, ocorre em virtude da retirada da vegetação costeira e a ocupação irregular. A praia está na foz de um estuário, e isso aumenta a ação da natureza”, explicou a bióloga.
Na visão de Liliana, a especulação imobiliária, além do fenômeno natural da ressaca, obriga a população a recuar as construções no litoral. Para ela, um projeto de contenção da erosão marinha deve ser elaborado pelo poder público para reduzir os estragos.
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