25 de dezembro de 2024

Mais de 50 cidades paraibanas não apresentam dados sobre casos de dengue, diz Saúde

Cidades não notificaram Saúde estadual sobe casos de dengue, chikungunya e zika. De acordo com Boletim Epidemiológico, foram registrados 2.701 casos prováveis de arboviroses. Mosquito da dengue, em imagem de arquivo
Divulgação/Fiocruz
Um novo Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde da Paraíba, nesta quinta-feira (7), aponta que 53 das 223 cidades do estado não notificaram registros de casos prováveis de dengue, chikungunya e zika, sendo chamados de “municípios silenciosos”. De acordo com o governo, a ausência dos números aponta para uma situação de subnotificação dos casos.
Segundo o boletim atual, foram registrados 2.701 casos prováveis de arboviroses, sendo 2.419 para dengue, 266 para chikungunya e 16 para zika. No boletim anterior da secretaria, divulgado em 31 de janeiro, foram registrados 285 casos de arboviroses, sendo 243 para dengue, 42 para chikungunya e nenhum caso de zika.
O número do boletim anterior é quase 10 vezes menor que os casos registrados no boletim atual. Porém, observa-se que, naquele momento, 179 (80,26%) municípios não forneceram dados, ou seja, havia uma subnotificação de casos.
O governo estadual ressaltou a necessidade de notificar casos suspeitos e a importância da população procurar uma unidade de saúde ao sentir os sintomas das doenças.
A Paraíba apresenta três óbitos confirmados para dengue, nas cidades de Camalaú, Conde e Campina Grande, e um para chikungunya, em Sapé. Três óbitos seguem em investigação.
Distribuição de casos prováveis e confirmados de arboviroses na Paraíba
Reprodução/Boletim Epidemiológico sobre Arboviroses
A técnica das arboviroses da SES, Carla Jaciara, explica que a não apresentação de casos indica que é preciso intensificar as ações de vigilância com buscas ativas para o cumprimento das ações de saúde pública acerca dos agravos.
A Secretaria afirmou que vem mantendo o diálogo com os municípios, realizando capacitações com as equipes sobre a intensificação da prevenção de focos do mosquito e a respeito do manejo clínico dos pacientes. De acordo com a gestão, as redes estaduais e municipais estão abastecidas de medicamentos para combater os sintomas, visto que não há medicamento específico contra as doenças.
No mês de fevereiro, a Saúde da Paraíba também criou a Sala de Situação Estadual das Arboviroses, que tem como objetivo coordenar, monitorar e supervisionar a implementação das ações de mobilização e combate ao mosquito. De acordo com o governo, já foram distribuídas
Também já foram distribuídas 37.040 doses da vacina contra dengue para os 14 municípios que estão realizando a vacinação. Até o momento, já foram aplicadas 13.656 doses da vacina, uma cobertura de 14,78% da população alvo.
Atenção aos sintomas
A técnica das arboviroses da SES, Carla Jaciara, faz um alerta para que a população procure uma unidade de saúde ao sentir os primeiros sintomas.
“É importante que a população fique atenta a procurar um serviço de saúde quando apresentar qualquer sinal sugestivo de sintoma, seja dor de cabeça, febre, manchas pelo corpo, dor abdominal. Procure o serviço de saúde para que o caso seja notificado e tratado de forma oportuna. É importante também para que seja realizada a coleta e enviada para o nosso laboratório de referência”, explica.
A Secretaria de Saúde também afirma que os focos do mosquito Aedes aegypti, na grande maioria, são encontrados dentro de casa, quintais e jardins. A gestão recomenda que as famílias realizem, por exemplo, uma faxina, pelo menos uma vez por semana, para verificar água acumulada em pneus, tampas de refrigerantes ou outras garrafas e adicionar cloro na água da piscina. Também é importante receber em domicílio o técnico de saúde devidamente credenciado, para que as visitas de rotina sirvam com vigilância.
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