27 de dezembro de 2024

Mais de 8 mil imóveis condenados pelo afundamento do solo em Maceió já foram demolidos


No total, cerca de 14.500 mil imóveis foram evacuados em cinco bairros afetados por décadas de extração de sal-gema realizada pela Braskem. Afundamento do solo em Maceió: mais 21 imóveis no Pinheiro são demolidos pela Defesa Civil
Dos 14.549 mil imóveis em Maceió que foram condenados devido ao afundamento do solo causado pela mineração da Braskem, 8.842 (60,58%) foram demolidos, segundo balanço da Defesa Civil Municipal.
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Nessa terça-feira (5), a Defesa Civil demoliu um edifício na Rua Estatístico Teixeira de Freitas, no Pinheiro, um dos cinco bairros afetados por décadas de extração de sal-gema.
“Esse era o último edifício que apresentava determinadas patologias que foram identificadas pelos nossos técnicos, e que apresentava necessidade de ter uma demolição preventiva. Então toda a área foi isolada para fazer a devida demolição de forma bastante segura”, disse o coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre.
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Segundo balanço da Braskem, o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF) chegou ao fim de setembro com 19.167 propostas apresentadas aos moradores das áreas de desocupação e monitoramento. O número equivale a 99,9% de todas as propostas previstas.
Ainda segundo a Braskem, do total de propostas apresentadas, 18.944 já foram aceitas. A diferença entre o número de propostas apresentadas e aceitas se deve ao tempo que as famílias têm para avaliar ou pedir reanálise dos valores.
Também até setembro, 18.756 indenizações foram pagas, ou 97,8% do total esperado. Somadas aos auxílios financeiros, o valor passa de R$ 4,1 bilhões.
A extração de sal-gema durante décadas causou o afundamento do solo em cinco bairro de Maceió, obrigando mais de 60 mil pessoas a deixarem suas casas. No dia 10 de dezembro de 2023, uma das 35 minas da Braskem ruiu sob a lagoa Mundaú, no Mutange.
A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar as responsabilidades da Braskem e do poder público no crime ambiental. A investigação foi concluída e 20 pessoas foram indiciadas.
Com a desocupação de bairros de Maceió afetados pelo afundamento do solo e rachaduras, moradores levaram portas, janelas e até telhados de suas residências
Jonathan Lins/G1
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