Foi a quarta edição no munícipio e para o controle populacional de animais para pessoas de baixa renda e moradores dos bairros atendidos. Na última de maio, entre os dias 25 e 29, os bairros Cercadinho, São Jerônimo e Partênope, de Campo Largo, receberam centenas de gatos e cachorros para passarem pelo processo de castração. Os mutirões atenderam 1.010 animais, durante os cinco dias, e todos tinham cadastrados prévios, administrados pela prefeitura.
O Castramóvel esteve na Igreja Católica Nossa Senhora Aparecida (bairro Cercadinho), na Igreja São Judas Tadeu (próxima ao Parque da Lagoa) e na Igreja Nossa Senhora das Graças (no Partênope), para controle populacional de animais para pessoas de baixa renda e moradores dos bairros beneficiados pela ação, através da contratação de uma empresa do interior do estado de São Paulo. Os cães e gatos participantes também foram microchipados, sem nenhum custo para seus tutores.
Nos locais em que aconteceram os atendimentos, os animais contaram com uma infraestrutura que oferecia sala para o atendimento inicial, sala de anestesia, centro cirúrgico, um ambiente pós-cirúrgico e outro para espera dos tutores.
Responsabilidade – Entre os tutores que levaram seus animaizinhos para fazer a castração estava Edinir da Piedade Bastos, tutora da cachorra Ayla e moradora da Popular Velha. “A Ayla chegou em minha casa no dia do meu aniversário, quando resgatei ela no Parque Newton Puppi, então foi um presente que ganhei”, contou. “E agora eu estou dando um presente para ela, porque a castração é uma forma de amor”, destacou.
Já Milene Guedes, que mora no Partênope, levou sua pastora alemã chamada Michonne. “Foi muito boa essa iniciativa nos bairros, até porque, às vezes a gente não tem condição de dar essa assistência para eles, e precisa. Evita também muitas doenças”, declarou.
De acordo com a organização Proteção Animal Mundial, ainda existem alguns mitos relacionados à castração de cães e gatos, como eles ficarem deprimidos por não cruzarem ou terem filhotes. Mas, de forma geral, submeter o seu bichinho à castração traz diversos benefícios. Nas fêmeas a redução no risco de doenças é significativa, e nos machos cai a frustração sexual, o que também diminui o risco de fugas e brigas.
“A reprodução desordenada dos animais gera uma quantidade maior de animais nas ruas, aumenta o número de parasitas, os animais acabam sofrendo maus-tratos, passam fome, alguns ficam mais violentos para se defender. Isso os leva a revirar lixos, o que atrai roedores e contamina o meio ambiente. Toda uma sucessão de fatos que podem se tornar ameaças para as pessoas”, relata a médica veterinária Fátima Lara, responsável pelos atendimentos dos animais.
Por isso, as castrações reduzem esses riscos e, principalmente, o abandono de animais, prática que é crime e afeta toda a sociedade, trazendo problemas para a saúde pública e ambiental.