25 de dezembro de 2024

Mais flexível, PT deve apoiar candidatos de centro e direita em 37 cidades médias e grandes

PT terá candidato em 125 das 201 cidades com mais de 100 mil habitantes; em outras 39, vai apoiar siglas de esquerda. Estratégia é tentar isolar bolsonarismo, de olho em 2026. O PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, definiu que irá apoiar candidaturas de partidos de centro e de direita em pelo menos 37 das 201 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes.
O número inclui candidatos filiados a MDB, PSD, União Brasil e Republicanos – partidos que têm ministros no governo.
Mas também três candidaturas do PSDB, incluindo uma capital estadual: Junior Geo, aspirante à prefeitura de Palmas (TO).
Em outras 125 das 201 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, o PT decidiu que vai lançar candidatura própria.
Em 39 das grandes cidades, a sigla vai apoiar partidos de esquerda e centro-esquerda como PSB, PV, PSOL e PDT – é o caso da capital paulista, por exemplo.
Restam ainda 18 municípios com mais de 100 habitantes. Em algumas, não haverá candidatura do PT e nem coligação com outro partido para a disputa de prefeito. Em outras, a situação segue indefinida – o prazo para as convenções partidárias que definem as coligações vai até a próxima segunda-feira (5).
Os apoios foram homologados nesta semana pela Executiva Nacional do PT.
O PT também abriu mão de ter candidaturas próprias em 13 capitais. Nestas cidades, os petistas irão apoiar, principalmente, candidatos de MDB, PSB e PSOL.
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Estratégia para frear bolsonarismo
A decisão de flexibilizar esses apoios e se coligar com outras faixas do espectro político tem relação com uma prioridade definida pelo PT: tentar isolar ao máximo o campo bolsonarista, já de olho nas eleições de 2026.
A ideia é tentar aprofundar, nos municípios, a frente ampla que elegeu Lula em 2022.
A estratégia é reflexo também do desempenho fraco do PT nas eleições municipais de 2020. O partido não elegeu nenhum prefeito de capital e, por isso, teve de buscar aliança com siglas de direita e centro.
Naquele momento, o PT optou por lançar o maior número possível de candidatos próprios: queria mostrar força e reabilitar a legenda em um momento de crise, na esteira da Lava Jato e da prisão de Lula.
A diretriz atual, portanto, marca um outro momento do partido e vai na contramão da estratégia adotada há quatro anos.
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Quem o PT apoiará nos municípios com mais de 100 mil habitantes
Candidaturas próprias – 125
Esquerda/Centro esquerda – 39:
PSB – 14
PV – 12
PDT – 8
PSOL – 4
PCdoB – 1
Centro/Direita – 37:
MDB – 9
PSD – 7
União Brasil – 6
Republicanos- 5
PP – 3
PSDB – 3
Podemos – 3
Cidadania- 1
Quem o PT apoiará nas capitais
Candidaturas próprias – 13:
Fortaleza (Evandro Leitão)
Teresina (Fábio Novo)
João Pessoa (Luciano Cartaxo)
Natal (Natália Bonavides)
Aracaju (Candisse Carvalho)
Belo Horizonte (Rogério Correia)
Vitória (João Coser)
Manaus (Marcelo Ramos)
Goiânia (Adriana Accorsi)
Campo Grande (Camila Jara)
Cuiabá (Lúdio Cabral)
Porto Alegre (Maria do Rosário)
Florianópolis (Lela Farias)
MDB – 3:
Salvador (Geraldo Júnior)
Maceió (Rafael Brito)
Rio Branco (Marcus Alexandre)
PSB – 3:
Recife (João Campos)
Curitiba (Luciano Ducci)
São Luís (Duarte Jr.)
PSOL – 3:
São Paulo (Guilherme Boulos)
Belém (Edmilson Rodrigues)
Macapá (Paulo Lemos)
PSD – 1:
Rio de Janeiro (Eduardo Paes)
PSDB – 1:
Palmas (Junior Geo)
PV – 1:
Mauro Nakashima (PV)
PDT – 1:
Porto Velho (Célio Lopes)

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