20 de outubro de 2024

Mangueira define samba-enredo da escola para 2025; confira a letra

A composição vencedora é dos compositores Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Júlio Alves, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim . Mangueira escolheu samba-enredo para o Carnaval de 2025
Reprodução
A Mangueira definiu na madrugada deste domingo (20) o samba-enredo vencedor do Carnaval de 2025.
No próximo Carnaval, a Mangueira vai levar à Sapucaí o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões”, que é uma narrativa baseada na historicidade preta de forte cunho social.
A composição vencedora é dos compositores Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Júlio Alves, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim.
O Compositor Lequinho é o maior vencedor de sambas-enredo da Estação Primeira de Mangueira com 13 vitorias e um tricampeonato consecutivo.
Desenvolvido pelo carnavalesco Sidnei França, o enredo vai levar para a avenida um olhar sobre a presença dos povos bantus na cidade do Rio de Janeiro.
Os povos bantus representaram a maioria dos negros que foram escravizados e trazidos ao Cais do Valongo, na Pequena África. A Mangueira vai retratar a vivência dessa população em toda a cidade, mostrando como sua história floresceu em solo carioca.
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Confira abaixo a letra do samba:
“Sou Luanda E Benguela
A Dor Que Se Rebela, Morte E Vida No Oceano
Resistência Quilombola Dos Pretos Novos De Angola
De Cabinda, Suburbano
Tronco Forte Em Ribanceira, Flor Da Terra De Mangueira
Revel Do Santo Cristo Que Condena
Mistério Das Kalungas Ancestrais
Que O Tempo Revelou No Cais
E Fez Do Rio Minha África Pequena
Ê Malungo, Que Bate Tambor De Congo
Faz Macumba, Dança Jongo, Ginga Na Capoeira
Ê Malungo, O Samba Estancou Teu Sangue
De Verde E Rosa Renasce A Nação De Zambi
Bate Folha Pra Benzer Pembelê, Kaiango
Guia Meu Camutuê, Mãe Preta Me Ensinou
Bate Folha Pra Benzer, Pembelê, Kaiango
Sob A Cruz Do Seu Altar Inquice Incorporou
Forjado No Arrepio Da Lei Que Me Fez Vadio
Liberto Na Senzala Social
Malandro, Arengueiro, Marginal
Na Gira, No Jogo De Ronda E Lundu
Onde A Escola De Vida É Zungu, Fui Risco Iminente
O Alvo Que A Bala Insiste Em Achar
Lamento Informar… Um Sobrevivente
Meu Som Por Você Maculado
Sem Ser Convidado Pela Burguesia
Tomou A Cidade De Assalto
E Hoje No Asfalto A Moda É Ser Cria
Quer Imitar Meu Riscado, Descolorir O Cabelo
Bater Cabeça No Meu Terreiro
É De Arerê, Vento De Matamba
É Dela O Trono Onde Reina O Samba
Sou A Voz Do Gueto, Dona Das Multidões
Matriarca Das Paixões, Mangueira
O Povo Banto Que Floresce Nas Vielas
Orgulho De Ser Favela “

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