✌🏽 Na região de Itapetininga são duas. Em Piraju, a mão feita de concreto tem mais de 4 metros e pesa aproximadamente 4 toneladas e também existe uma em Guapiara (SP). Ao todo, são 16 monumentos espalhados pela chamada Rota Biker. Monumento com o gesto ‘biker wave’ foi construído em Piraju (SP) em Rota Biker, no Parque da FECAPI
Piraju em foco/Reprodução
No momento da adrenalina de percorrer as estradas, enfrentar obstáculos, vislumbrar paisagens e enfrentar o frio e o calor sobre duas rodas, as vezes não dá tempo de parar para conversar, por isso, os motociclistas utilizam um sinal feito com as mãos para cumprimentar outros motociclistas que encontram em suas viagens.
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Este símbolo, utilizado no mundo todo, foi reproduzido por diversas partes do Brasil em monumentos gigantes, como forma de marcar uma parada “obrigatória” aos bikers – termo que se refere a motociclistas em inglês – e o 16º deles, está em Piraju, no interior de São Paulo.
Em Piraju, a mão feita de concreto tem mais de 4 metros e pesa aproximadamente 4 toneladas. O g1 conversou com o empresário Mauricio Villan, de 43 anos, que com apoio da prefeitura da cidade, conseguiu investir na construção, que fica próxima ao seu restaurante.
“Encontrei com o pessoal da Rota Biker e pleiteei um monumento aqui, mas não tem como simplesmente adquirir ele, o pessoal da associação visita a cidade e vê se há um potencial turístico. A intenção é fazer com que a gente vire rota dos moto turistas, existem muitos e, além deles, acaba tendo um viés também como ponto turístico de quem vem com a família para cidade”, conta o empresário.
Depois que o projeto é aceito, a construção é feita por artesãos de Curitiba (PR) e segundo Mauricio, fica pronta em torno de um mês. Depois de pronto, o monumento é trazido ao local turístico e posicionado com a ajuda de um guincho.
No parque de Piraju, ainda faltam algumas finalizações de infraestrutura, inclusive, a instalação de um cabo de aço para que os visitantes amarrem fitas.
Ao g1, a Prefeitura da Estância Turística de Piraju declarou que apoiou a iniciativa privada por meio do departamento de turismo, para a escolha e autorização do local de instalação. Segundo a pasta, ainda não há uma data prevista para a inauguração para o público geral, porém, ela deve ser realizada no início de 2025.
Monumento com o gesto ‘biker wave’ de Piraju (SP) foi feito em Curitiba (PR) e trazido ao local de instalação com um guincho
Mauricio Villan/Arquivo pessoal
✌️Biker wave
Conforme apurado pelo g1, apesar de não existir como comprovar esta teoria, tudo indica que a popularização do biker wave – aceno de motociclistas – está ligada aos amigos e empresários Arthur Davidson e William Harley, responsáveis pela criação de uma das maiores e mais famosas marcas de moto do mundo, a Harley-Davidson.
Em meados do século XX, enquanto faziam protótipos com motores em bicicletas e até depois da criação da marca, os amigos se cumprimentavam fazendo o gesto e eram vistos por outros motociclistas, que começaram a reproduzir o biker wave por onde quer que viajavam.
Quem reforça esta teoria é um motociclista de Piraju, um dos fundadores da divisão “Insanos”. Dorival Garcia Martins, mais conhecido como Junior, tem 30 anos e é um fã do mundo biker, que já testemunhou cumprimentos assim por diversos lugares do Brasil.
Junior é motociclista da divisão “Insanos” de Piraju (SP) e já visitou o monumento biker wave da sua cidade e de Guapiara (SP)
Dorival Martins/Arquivo pessoal
“É uma expressão de camaradagem, respeito e conexão com a estrada e o pessoal, então sempre que a gente vê grupo de motociclistas ou alguém sozinho, é normal fazer o símbolo que as pessoas te devolvem”, explica.
O motociclista e técnico de qualidade de projetos ainda conta que o gesto se tornou tradição desde quando a comunidade começou a se habituar com ele nos Estados Unidos e, apesar de ser um cumprimento amigável, existem regras sociais, normalmente conhecidas pela maioria dos motociclistas, de que nem sempre é recomendável usá-lo, até porque, a segurança é primordial e o trânsito nas cidades, rodovias e curvas exige muita atenção dos condutores.
Nem todo momento é recomendável cumprimentar motociclistas com o ‘biker wave’
Saint journal/Reprodução
Para fazer o biker wave, só é preciso utilizar a mão que não está sendo usada para controlar a moto e conectar o polegar com o dedo anelar, formando um “V” com o indicador e o médio.
O grupo dos “Insanos” já foi conhecer as finalizações da obra de Piraju, que segundo Junior, deve mobilizar ainda mais o turismo na região do Parque FECAPI.
“Tivemos a oportunidade de conhecer e experimentar as comidas e porções, vindo a frequentar, fazer eventos e indicar para os demais conhecidos. Ficamos bastante felizes em saber que ele (Maurício) se interessou e conseguiu trazer o monumento para a nossa cidade”, finaliza.
Da esquerda para a direita estão Mauricio, dono do retaurante e financiador da obra, os integrantes do grupo “Insanos” e à frente o casal de artistas que construiu o momento de Piraju (SP)
Dorival Martins/Arquivo pessoal
🗺️Rota biker ao redor do Brasil
O movimento Rota Biker foi criado com o intuito de criar um roteiro de viagens para motociclistas, em pontos turísticos do Brasil. A iniciativa foi criada em 2023 por Turbay, empresário em Bocaiúva do Sul, no Paraná.
A Rota Biker conta com paradas estratégicas e monumentos gigantes do cumprimento biker, que sinaliza respeito aos motociclistas e suas garupas, além de possibilitar que eles colecionem souvenirs e carimbos de cada ponto turístico em seus passaportes de motociclistas.
Na região de Itapetininga, além do 16º ter sido construído no Centro de Fomento Turístico, Agropecuário e Industrial Prefeito Cláudio Dardes de Piraju (FECAPI), o 8 º monumento está localizado em Guapiara, no quilômetro 261 da Rodovia Sebastião Ferraz de Camargo Penteado (SP-250).
Outros estados também possuem o monumento como Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Junior é da divisão “Insanos” de Piraju (SP) e possui carimbos no seu passaporte de motociclista de diversos pontos turísticos
Dorival Martins/Arquivo pessoal
*Colaborou sob a supervisão de Carla Monteiro
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