5 de novembro de 2024

Mapa interativo mostra situação de barragens em Minas Gerais


Estado tem 35 barragens a montante em descaracterização. Processo consiste na remoção ou estabilização das estruturas, extinguindo características e função enquanto dique de contenção de rejeitos. Barragem Forquilha III, da Vale, em Ouro Preto
Divulgação/Vale
Minas Gerais tem 35 barragens a montante em descaracterização. O processo consiste na remoção ou estabilização das estruturas, extinguindo as características e função enquanto dique de contenção de rejeitos.
A medida foi determinada pela Lei Mar de Lama Nunca Mais, aprovada após as tragédias de Mariana e Brumadinho. Segundo o Ministério Público do estado, a previsão é que todas as barragens a montante em MG tenham as operações encerradas até 2035.
Desde 2019, 19 delas já foram desativadas, sendo nove fora do prazo legal (observe o mapa abaixo).

As barragens em processo de descaracterização ficam nos municípios de:
Araxá
Barão de Cocais
Brumadinho
Congonhas
Fortaleza de Minas
Igarapé
Itabira
Itabirito
Itatiaiuçu
Itapecerica
Mariana
Nova Lima
Ouro Preto
Poços de Caldas
Rio Acima
Duas delas — Forquilha III, da Vale, em Ouro Preto, e Serra Azul, da ArcelorMittal, em Itatiaiuçu — estão em nível III de emergência, considerado alerta máximo.
Tragédia de Mariana
O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, completa nove anos nesta terça-feira (5).
Em 5 de novembro de 2015, o derramamento imediato de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração destruiu comunidades e modos de sobrevivência. A lama contaminou o Rio Doce e afluentes e chegou ao Oceano Atlântico, no Espírito Santo. Ao todo, 49 municípios foram atingidos, direta ou indiretamente, e 19 pessoas morreram.
Quase uma década depois, os impactos da tragédia ainda são sentidos. Mais de 100 famílias que tiveram de deixar suas casas por causa da avalanche de rejeitos não foram reassentadas. A pesca segue proibida em vários pontos ao longo da bacia do Rio Doce, e a presença de metais persiste na costa marinha do Espírito Santo. Até hoje, ninguém foi responsabilizado criminalmente pelo desastre.
Veja, abaixo, nove pontos para entender a tragédia e os impactos sentidos até hoje:

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