No vídeo, Boulos alega que suas filhas estão sendo hostilizadas na escola pelas acusações de Marçal. A publicação foi feita na manhã desta terça e deve permanecer por 48 horas nas redes sociais do coach. Os candidatos à Prefeitura de SP Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL), durante o debate da TV Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul da capital paulista em 08 de agosto de 2024.
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) manteve, em votação unânime, os direitos de resposta de Guilherme Boulos (PSOL) nas redes sociais de Pablo Marçal (PRTB). Sem apresentar provas, o coach tem associado o psolista ao uso de cocaína durante a campanha.
O vídeo de Boulos foi publicado no TikTok e Instagram de Marçal na manhã desta terça-feira (3).
No vídeo Boulos alega que suas filhas estão sendo hostilizadas na escola pelas acusações de Marçal. “Na política tem muito ataque, agora mexer com a honra e a família das pessoas, isso não se faz. Tudo tem motivo. Todo mundo sabe que essa é uma acusação mentirosa, desrespeitosa”, afirmou.
Vídeo de Boulos na conta de Marçal.
Reprodução
Em 17 de agosto, o juiz eleitoral Rodrigo Colombini, da 2ª Zona Eleitoral, concedeu direitos de resposta a Boulos, por entender que as alegações de Marçal não foram comprovadas e apenas ofenderam o concorrente. As respostas de Boulos devem ser veiculadas nas redes do adversário 48 horas após a intimação oficial do candidato do PRTB, e devem permanecer no ar por outras 48 horas nas redes sociais do adversário do psolista.
Marçal chegou a entrar com recurso contra a decisão, mas a Justiça não aceitou.
A decisão do juiz se baseou em um parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), que declarou nos autos do processo que as postagens de Pablo Marçal contra Boulos foram “nitidamente difamatórias”.
“O conteúdo das postagens foi nitidamente difamatório e extravasou o debate político-eleitoral, não havendo dúvida de que a honra do requerente foi atingida”, afirmou o órgão.