Simey Menezes Costa virou réu por matar a noiva Ketilly Soares de Souza, de 33 anos, com mais de 10 facadas no mês de junho. Mecânico segue preso. Simey Menezes Costa vira réu pela morte da noiva em junho deste ano
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O mecânico Simey Menezes Costa, acusado pela morte da noiva Ketilly Soares de Souza, de 33 anos, teve a prisão preventiva mantida pela Justiça do Acre. A decisão é da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar e foi publicada no Diário Eletrônico da Justiça no dia 22 de agosto.
De acordo com o juiz Alesson Braz, a situação está em ordem e não houve fatos novos que levassem à soltura do réu. A prisão voltará a ser avaliada em 90 dias pela Justiça.
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Ketilly foi assassinada com mais de 10 facadas no mês de junho. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual (MP-AC) e abriu prazo de dez dias para que o mecânico respondesse à acusação. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do acusado.
Ketilly Soares foi assassinada com mais de dez facadas
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O crime ocorreu na Rua Raimundo Saldanha, no Polo Benfica, região do bairro Vila Acre, Segundo Distrito de Rio Branco. Acompanhado de um advogado, o suspeito se entregou à polícia no início da noite de 12 de junho.
Familiares da vítima confirmaram ao g1 que o suspeito ficou com medo da repercussão do crime e decidiu se apresentar na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
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O mecânico segue preso. O acusado foi denunciado por homicídio qualificado por recurso que dificultou a defesa da vítima, motivo torpe e feminícidio.
Em depoimento, após a prisão, ao delegado Pedro Paulo Buzolin, Simey Costa negou que tenha matado a companheira. De acordo com o delegado, Simey chegou a apresentar uma versão diferente da que foi contada pela família da vítima.
As investigações apontaram ainda que o suspeito chegou a ficar escondido na casa de parentes em Sena Madureira, interior do Acre.
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Mãe pede justiça
Em entrevista à Rede Amazônica Acre, a mãe de Ketilly, Francisca Soares, disse que deseja que o suspeito pague pela brutalidade que teve com a filha. “Quero que pague cada gota de sangue derramada ali. Quero que pague. Deus vai fazer ele pagar, não quero que pague pela mão do homem, mas vai sentir na pele o que fez”, desabafou.
Segundo a família, o comportamento de Simey Menezes com a mulher chegava a ser abusivo. A aposentada contou que a filha de Ketilly já notava o comportamento estranho do padrasto. “Ela não aceitava ele. Quando ele chegava lá em casa ela se escondia para não ver ele”, relembrou.
Ketilly foi pedida em casamento uma semana antes de ser assassinada a facadas. O g1 obteve, com exclusividade, o vídeo do pedido de casamento feito por Simey. As imagens mostram o casal feliz na frente dos fiéis e Simey começa a cantar. “Escrevi essa canção para dizer tudo que sinto por você”.
O casal estava há três meses em processo de mudança para o Polo Benfica, mas ficou apenas 14 dias morando juntos. Antes, Simey morava com a mãe no bairro Betel e Ketilly com a mãe dela e a filha no bairro Floresta.
A filha de Ketilly, Katheriny Lauany Soares, contou ao g1 que a mãe estava feliz. ” Ela sonhava em casar com ele, queria ter a casa dela, as coisas dela. Ele morava com a mãe dele e ela ia dormir lá. Ficava planejando a compra dos móveis, em ter as coisas deles. Ela estava feliz”, diz a filha da vítima.
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Briga na noite anterior
A família de Ketilly soube também que os vizinhos ouviram o casal discutindo e muito barulho dentro da casa. Pela manhã, um vizinho passou na frente da residência e viu o portão aberto com a chave para o lado de fora.
Esse vizinho comentou com uma prima da vítima, que mora no mesmo local e pediu para ele pegar a chave e levar para ela. A mulher decidiu ir até a residência para checar o que tinha acontecido. Ainda segundo a família, a moradora encontrou a casa fechada e quando abriu um pouco a porta viu Ketilly caída no chão.
“Ela achou que a Ketilly estava dormindo porque o ventilador estava ligado. Quando abriu a porta toda viu a Ketilly morta e saiu correndo. Ligaram para polícia, a Bia falou para os pais dela e, como não queriam dar a notícia por telefone, vieram até aqui falar pra gente”, contou Cristianna de Lima, amiga da família.
Os familiares lamentaram ainda que os vizinhos não tenham acionado a polícia na noite anterior quando ouviram o casal brigando. “Brigaram na noite anterior, os vizinhos ouviram, mas ninguém ligou para a polícia e nem denunciou”, falou.
CANAIS DE AJUDA PARA CASOS DE VIOLÊNCIA
A PM disponibiliza os seguintes números para que a mulher peça ajuda:
(68) 99609-3901
(68) 99611-3224
(68) 99610-4372
(68) 99614-2935
Veja outras formas de denunciar casos de violência contra a mulher:
Polícia Militar – 190: quando a criança está correndo risco imediato;
Samu – 192: para pedidos de socorro urgentes;
Delegacias especializadas no atendimento de crianças ou de mulheres;
Qualquer delegacia de polícia;
Disque 100: recebe denúncias de violações de direitos humanos. A denúncia é anônima e pode ser feita por qualquer pessoa;
Profissionais de saúde: médicos, enfermeiros, psicólogos, entre outros, precisam fazer notificação compulsória em casos de suspeita de violência. Essa notificação é encaminhada aos conselhos tutelares e polícia;
WhatsApp do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos: (61) 99656- 5008;
Ministério Público;
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