17 de novembro de 2024

Médica esperou 1 hora escondida em armário antes de atirar contra ex em SC, revela polícia

Polícia Civil mapeou o itinerário do crime após análise de imagens. Disparos ocorreram em apartamento alugado por vítima para passar o Dia dos Pais com o filho em Jaraguá do Sul. Vídeo mostra mulher arrombando porta antes de ser presa suspeita de matar ex em SC
A médica presa suspeita de atirar contra o ex-companheiro em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, passou ao menos uma hora escondida dentro de um armário antes dos disparos, informou a Polícia Civil, após mapear o itinerário do crime (veja cronologia abaixo).
O delegado Caleu Henrique Gomes de Mello informou, nesta quinta-feira (22), que aguarda o resultado dos laudos periciais para concluir o inquérito.
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Lenise Fernandes Sampaio Cruz atuava como clínica geral na prefeitura. Ela está presa preventivamente, informou o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) nesta quinta.
O crime aconteceu no dia 11 de agosto, um domingo, no apartamento que o homem alugou para passar o Dia dos Pais com o filho do ex-casal, de 8 anos. A vítima disse à polícia que a mulher estava escondida dentro do armário antes de atirar. Ele foi atingido por três disparos.
A suspeita alegou, por meio do advogado de defesa, que agiu em legítima defesa (veja mais abaixo).
Cronologia
Após analisar imagens do prédio, a polícia constatou que a mulher arrombou e ingressou no imóvel em três ocasiões distintas. Ela teria permanecido escondida no armário das 16h52 às 17h53, segundo o investigador (veja abaixo).
15h58: A suspeita arromba a porta do apartamento com um objeto não identificado. O local estava vazio. A investigada permanece no interior por 6 minutos;
16h45: Ela retorna ao local carregando uma bolsa, mas sai 22 segundos depois, sem a bolsa.
16h48: Ela volta ao apartamento e fecha a porta.
16h52: A vítima e o filho do casal entram no apartamento.
17h53: Uma testemunha no apartamento em frente ouve disparos de arma de fogo.
17h57: A polícia chega ao local e arromba a porta.
“Segundo o relato do ex-marido, ele ouviu um barulho no mezanino, mas inicialmente não deu importância. Posteriormente, ao subir para ligar o chuveiro, ele foi surpreendido pela investigada, que saiu de dentro de um armário onde estava escondida”, comentou.
De acordo com o delegado Caleu, o filho do ex-casal presenciou a luta corporal entre o ex-casal. Ele estava no andar de baixo do prédio, mas subiu após ouvir os disparos.
A criança será ouvida apenas em juízo, conforme o investigador.
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O QUE SE SABE sobre o caso
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Divulgação
O que disse a médica
Responsável pela defesa de Lenise, o advogado Daniel de Mello Massimino disse que a mulher foi até o local por conta da preocupação com relação à saúde de seu filho, já que ela não conseguiu contato telefônico com ele.
“Como havia um histórico de longa data de violência, ela foi com a arma que ela tinha, ela tem CAC. Ela foi com essa arma, cujo CAC foi justamente tirado por conta dessa situação também, que havia ali essa litigia. Então, ao chegar ao local, houve um início de atrito verbal entre ambos, que acabou se desdobrando numa agressão por parte do genitor”.
Ainda conforme o advogado, a mulher disse que o homem estava “tentando contra a vida dela”.
“Ela se utilizou da arma para repelir essa agressão que ela estava sofrendo. E esse foi o desfecho da situação. Então a posição dela, a versão dela dos fatos, é a de que ela agiu em legítima defesa dentro do apartamento. Não se nega que tenha havido ali de fato os tiros, até porque eles são evidentes”, concluiu o advogado.
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