22 de outubro de 2024

Melhor chef mulher da América Latina, bolivana Marsia Taha, é fã de boteco, cerveja e pão de queijo

Ela ganhou uma premiação feita pelo 50 Best, guia internacional que avalia os melhores restaurantes e bares do mundo; cozinheira é especializada em ingredientes tradicionais latino-americanos. Marsia Taha Mohamed, melhor chef mulher da América Latina, é fã do Brasil e de boteco
A boliviana Marsia Taha Mohamed foi eleita a melhor chef mulher da América Latina de 2024 pelo 50 Best, guia internacional que avalia os melhores restaurantes e bares do mundo. O resultado foi divulgado no dia 3 de outubro.
🏆​ O prêmio da melhor chef mulher da América Latina nasceu do “Latin America’s 50 Best Restaurants”, ranking que elenca anualmente os 50 melhores restaurantes da América Latina, criado pelo 50 Best.
🔎​A seleção é feita por 300 jurados especializados em crítica gastronômica latino-americana. Segundo a empresa, há o mesmo número de jurados homens e mulheres no comitê avaliador.
Marsia é a 11ª chef a receber esse prêmio, que foi lançado em 2013. Entre as vencedoras de edições passadas estão as brasileiras Janaína Torres, Helena Rizzo e Manoella Buffara.
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“É uma honra receber esse reconhecimento ao lado de uma longa lista de mulheres inspiradoras que vem liderando a revolução do nosso setor e que construíram as bases para que eu e outras chefs pudéssemos prosperar”, disse a chef em um comunicado à imprensa.
Quem é Marsia Taha Mohamed?
Marsia Taha Mohamed foi eleita a melhor chef mulher da América Latina de 2024.
Divulgação
Um dos principais traços culinários de Marsia é a sua conexão com a culinária tradicional boliviana.
Filha de pai palestino e mãe boliviana, a chef de 35 anos passou a infância na Bolívia e aprendeu a gostar dos sabores locais com a avó, que a levava para conhecer mercados e restaurantes tradicionais.
Apesar disso, ela contou ao g1 que admira e se inspira na culinária latino-americana como um todo, especialmente a brasileira.
O Brasil foi o primeiro país estrangeiro que ela conheceu, há cerca de 13 anos. Na época, ela não tinha muito dinheiro e descobriu nos botecos um lugar onde era possível conhecer as comidas tradicionais brasileiras sem gastar muito.
Hoje, o noivo de Marsia é carioca e parte da família dele mora em Belo Horizonte (MG), o que fez com que ela se aproximasse ainda mais da cozinha e da cultura local.
🍻​”Todo ano, vamos pelo menos 4 vezes ao Brasil. Sou apaixonada por boteco, cerveja gelada e pão de queijo mineiro”, diz.
Do Gustu ao ‘pedaço do paraíso’
Marsia Taha é conhecida pelos pratos feitos com ingredientes típicos da Bolívia.
Reprodução/Instagram
Em 2013, Marsia se tornou conhecida depois de assumir o posto de chef da cozinha do Gustu, um dos restaurantes mais famosos de La Paz, capital da Bolívia.
O empreendimento foi fundado pelo chef Claus Meyer, cocriador do restaurante Noma, em Copenhague, considerado cinco vezes o melhor restaurante do mundo pela 50 Best.
O nome Gustu, que significa “sabor” na língua indígena quéchua, reflete a especialidade do restaurante, que é criar pratos com ingredientes nativos da Bolívia.
Uma das opções do menu, por exemplo, é um prato feito com milho, amendoim, cogumelo e pimentão amarelo, itens típicos do país. A refeição custa 95 bolivianos (moeda local da Bolívia), o que equivale a R$ 74, de acordo com uma conversão feita no dia 4 de outubro.
Confira o prato a seguir:
Prato do restaurante Gustu com amendoim, milho, cogumelo e pimentão amarelo.
Reprodução/Instagram
Depois de 10 anos no Gustu, Marsia planeja abrir o seu 1° restaurante, o Arami (“pedaço do paraíso”, na língua guarani) em novembro. O local também será em La Paz e terá como foco a culinária das montanhas andinas e na Amazônia boliviana.
“Quero conectar todos com toda a grandiosidade desses ecossistemas”, disse a chef em um vídeo divulgado pelo 50 Best.
De acordo com o ranking, Marsia passou mais de uma década pesquisando produtos, técnicas e culturas ancestrais da Amazônia boliviana e, agora, assume a missão de demonstrar a conexão entre a floresta tropical, os Andes e La Paz.
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