20 de setembro de 2024

‘Menino imã’: Médicos não encontram explicação científica para jovem que ficou famoso por atrair objetos metálicos

Atualmente, Marcos Paulo está com 20 anos, faz faculdade e estágio. Na infância, ele foi procurado por diversos veículos de imprensa por sua capacidade de atrair objetos metálicos. Menino imã, Marcos Paulo Garbone Gimenez, que fez sucesso aos 11 anos por atrair metais, e ele aos 20 anos
Elisângela Nascimento/G1 GO e Arquivo pessoal/Marcos Garbone
O goiano Marcos Paulo Garbone Gimenez passou a ser chamado de “menino-imã” quando tinha 8 anos de idade por ter a habilidade de deixar objetos metálicos presos ao corpo. Atualmente, com 20 anos, ele perdeu o “super-poder”, mas o mistério sobre o assunto nunca foi explicado. Médicos dermatologistas ouvidos pelo g1 não encontraram explicação científica para a causa do magnetismo e para o desaparecimento dele.
✅ Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp
Toda a história começou em 2011, quando a mãe do rapaz viu uma reportagem na TV que mostrava um menino na Croácia com supostos poderes magnéticos. Por perceber que os metais só grudavam nas crianças mais gordinhas, resolveu testar no filho e deu certo.
Fotos mostram que talheres, celulares e até um ferro de passar roupa grudavam no corpo de Marcos Paulo e não caíam. A dermatologista Melissa Alfredo tentou analisar diferenças entre os dois garotos.
“A semelhança entre o menino croata e o brasileiro, na época, era a condição de sobrepeso. Hoje o brasileiro é um jovem aparentemente eutrófico (com peso adequado) e perdeu a habilidade magnética, enquanto o croata ainda apresenta o magnetismo e aguarda pela realização da cirurgia bariátrica, que será em breve”, afirmou Alfredo.
LEIA TAMBÉM:
‘Menino imã’: saiba como está o jovem que há mais de 10 anos ficou famoso por o corpo grudar até ferro de passar roupa
RELEMBRE: Corpo de menino de 8 anos atrai objetos metálicos, em Goiânia
‘IGUAL A TODO MUNDO’: Menino imã perdeu habilidade de atrair objetos metálicos
Saiba como está o garoto que há mais de 10 anos ficou famoso por o corpo grudar até ferro
Na época em que a matéria do g1 foi publicada, em 2011, a dermatologista Juliana Salgado declarou que não acreditava na capacidade eletromagnética do corpo. Para ela, a explicação estava na produção de suor e sebo, que facilitava que objetos de superfície lisa grudassem na pele de Marcos Paulo.
O colunista Alysson Muotri também avaliou na época que o suposto magnetismo era apenas um mito, já que o jovem “segurava” itens como um celular, cuja superfície é plástica.
“Nossa pele é, por definição, viscoelástica. E algumas peles são mais grudentas do que outras”, escreveu o especialista em artigo no Blog Espiral.
Marcos Paulo disse que quando o caso repercutiu, a TV Anhanguera o levou em um médico para tentar uma explicação.
“Que eu me lembre, a explicação dele foi algo sobre magnetismo animal, que todas as pessoas também possuem, porém alguns fatores faziam com que o meu fosse um pouco maior. Ele relacionou com o fato de eu andar sempre descalço quando criança, alimentação e coisas assim”, lembra o jovem.
Repercussão
Matéria g1 Goiás sobre o menino imã em 2011
Reprodução
Marcos Paulo conta que o feito foi relatado por seu pai para um amigo que trabalhava em um jornal de Goiânia. “Foi tudo muito rápido, mas intenso. Depois dessa primeira veiculação, todas as emissoras, todos os veículos de comunicação entraram em contato quase que ao mesmo tempo. Foram chegando ao longo de uma semana, todos querendo marcar entrevista”, lembrou.
O caso de Marcos ganhou repercussão nacional, após o g1 divulgar o curioso fenômeno. Apesar de todas reportagens, não era reconhecido na rua mesmo quando sua capacidade de atrair metais era assunto na imprensa. Segundo ele, o reconhecimento acontecia mais na escola.
“Aconteceu uma vez, quando eu estava saindo com o meu tio e um homem em uma distribuidora que me reconheceu”. Hoje em dia, ele afirma que ninguém mais o reconhece como o “menino imã”.
Atualmente, o rapaz está cursando o sétimo período da faculdade de jornalismo e está fazendo estágio. Mas ele garante que o que aconteceu no passado não teve influência na sua escolha profissional. “Eu fui perceber que queria fazer jornalismo durante a pandemia e eu comecei querendo fazer jornalismo esportivo para falar de futebol”, contou.
📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás.
VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

Mais Notícias