6 de março de 2025

Mercados internacionais operam em forte baixa com reação de China, México e Canadá a ‘tarifaço’ de Trump


Bolsas da Europa e dos Estados Unidos registram quedas generalizadas. O presidente dos EUA, Donald Trump, durante coletiva de imprensa em 27 de fevereiro de 2025
REUTERS/Kevin Lamarque
Os mercados internacionais operam com queda generalizada nesta terça-feira (4) após Canadá, China e México anunciarem novas taxas a produtos dos Estados Unidos, em resposta ao ‘tarifaço’ do presidente Donald Trump.
Nos EUA, os mercados também iniciaram as negociações do dia em terreno negativo. Todos os principais índices acionários do país — Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq 100 — operavam com baixas de mais de 1% por volta das 12h.
Além disso, o preço do dólar pelo mundo também recua neste pregão. O índice dólar DXY — um indicador que calcula o desempenho do dólar em relação a uma cesta de moedas de outros países — caía 0,35%, no mesmo horário.
As quedas na Europa são ainda mais expressivas. As bolsas de valores da Alemanha, Itália, Espanha e França operavam, no mesmo horário, com baixas de cerca de 3%. O índice Stoxx 600, que reúne 600 empresas de pequeno, médio e grande porte da Europa, recuava 1,85%.
A maioria das bolsas asiáticas, que já encerraram as negociações deste pregão, fecharam em baixa. No Japão, o índice Nikkei 225 caiu 1,20%, enquanto o índice Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,28%. A única alta veio do índice Xangai Composto, da China continental, que subiu 0,22%.
Cautela com uma guerra comercial
O movimento de queda generalizada pelo mundo é um reflexo da maior cautela dos investidores com a crescente percepção de que o mundo pode passar por um período de guerras comerciais, depois dos EUA iniciarem uma série de medidas que impõem tarifas sobre vários países e produtos.
Nesta terça, entraram em vigor as tarifas de 25% que Trump impôs sobre todas as importações que chegam do México e do Canadá aos EUA, além de tarifas adicionais de 10% sobre tudo que vem da China.
As taxas sobre México e Canadá foram adiadas por 30 dias, mas o presidente norte-americano afirmou que o início da tarifação é consequência da contínua entrada de drogas provenientes dos países taxados nos EUA.
“Não podemos permitir que esse flagelo (a entrada de drogas) continue prejudicando os EUA. Portanto, até que ele pare ou seja seriamente limitado, as tarifas propostas programadas para entrar em vigor no dia 4 de março entrarão, de fato, em vigor, conforme programado”, disse Trump. “Da mesma forma, será cobrada da China uma tarifa adicional de 10% nessa data”.
*Matéria em atualização

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