Projeto de Larissa Fogaça ajuda a restaurar a autoestima de pacientes oncológicas com técnica que imita o aspecto natural dos seios. Larissa Fogaça
Reprodução/TV Morena
Uma micropigmentadora de Mato Grosso do Sul está ajudando a restaurar a autoestima de mulheres que passaram por tratamento contra o câncer e precisaram retirar as mamas. Larissa Fogaça oferece, gratuitamente, a reconstrução da aréola através de seu projeto de micropigmentação. A técnica imita o aspecto natural dos seios, ajudando as pacientes a superar as marcas físicas deixadas pela doença.
Larissa explica que a iniciativa surgiu após uma experiência pessoal com o câncer em sua família.
“Eu recebi a graça da cura de um tumor na têmpora de um priminho meu. Durante os dias que passamos no hospital, eu prometi a Deus que faria algo pelas pessoas oncológicas”, conta Larissa.
Com essa motivação, Larissa buscou parcerias com cirurgiões plásticos e se especializou em São Paulo na técnica de micropigmentação. “
As mulheres que tinham a mastectomia retirada total ou parcial da mama ficavam sem o desenho da aréola. Quando descobri que ninguém em Mato Grosso do Sul fazia esse procedimento, tive certeza que era isso que eu deveria fazer”, diz a micropigmentadora Larissa Fogaça.
O projeto costuma ganhar destaque durante o Outubro Rosa, mas o atendimento ocorre ao longo de todo o ano. “A mulher que eventualmente ainda estiver na fase de tratamento e não estiver apta para receber o atendimento pode me procurar ao longo do ano. Vai ser feita da mesma forma, gratuitamente, sem custo”, explica Larissa.
A técnica de micropigmentação utilizada por Larissa é semelhante a uma tatuagem, mas menos invasiva. Ela permite copiar a colorimetria e a forma da aréola, criando um efeito 3D realista. “O realismo que eu tento colocar ali na pele daquela mulher é para trazer de volta a configuração antes da doença”, explica.
Segundo ela, ao restaurar a aparência da mama, ela ajuda a melhorar a autoestima e o bem-estar emocional das pacientes.
“Quando o câncer acomete a mulher, ele tira muito dela. Os cabelos caem, algumas perdem os dentes, e ficam lesões no corpo. Quando ela recebe a alta médica, toda vez que tira a roupa, revive aquilo que viveu durante o tratamento”, explica Larissa Fogaça.
Nos últimos cinco anos, Larissa atendeu 136 mulheres gratuitamente e considera cada atendimento um privilégio. Ela enfatiza que atende mulheres de todas as condições financeiras, credos religiosos e posições sociais. “Independente da posição social, qualquer mulher que me procura, eu faço o atendimento nesse formato”, diz.
Interessados em falar com ela podem entrar em contato pelo número (67) 9135-1023.
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