Mais de 30 agentes das Forças Armadas limpam região após enchente. Segundo Fepam, não há risco para a população. Militares recolhem tonéis de produtos químicos em Canoas
Reprodução/RBS TV
Agentes das Forças Armadas especializados em manuseio de produtos químicos iniciaram, nesta terça-feira (4), o recolhimento de tonéis e grandes recipientes arrastados pela enchente em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A operação deve durar toda a semana.
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Os militares receberam a missão de recolher milhares de bombonas que foram levadas pela enchente para dentro do bairro Fátima.
“Nossa logística aqui consiste em 16 militares da Marinha do Brasil, bem como 16 militares do Exército Brasileiro, além das nossas viaturas. Já foram possíveis recolher cerca de 500 bombonas de diferentes tamanhos, desde a de 200 litros, como mil llitros e as menores”, afirma o capitão Souza Santos.
Análise da presença de produtos químicos levados pela enchente em Canoas
Reprodução/RBS TV
Segundo a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), se não houver o manuseio dos tonéis, não há risco para a população. Marcos Gerchman, analista ambiental da Fepam, afirma que havia reservatórios abertos, higienizados e alguns com resquícios de óleo, ácidos-bases, solventes e tintas.
“Não há risco. O nosso trabalho aqui é só para minimizar o contato dessas pessoas, se elas não abrirem as bombonas, não começarem a mexer nelas, risco nenhum”, explica.
Parte dos reservatórios estava em uma empresa de reciclagem. Quando o dique rompeu, a água desceu com violência e atingiu a sede da companhia. As bombonas foram levadas para pátios e até telhados da vizinhança.
Os temporais e cheias que atingem o Rio Grande do Sul desde 29 de abril deixaram 172 mortes. Em boletim divulgado nesta terça-feira (4), a Defesa Civil do Estado ainda informou que 44 pessoas estão desaparecidas.
Tonéis de produtos químicos espalhados em Canoas após enchente
Reprodução/RBS TV
Botijões boiando
Segundo empresa, botijões que flutuaram estão vazios; barreiras de contenção foram instalaladas
Divulgação/Copa Energia
Em 16 de maio, o g1 mostrou centenas de botijões de gás boiando na enchente em Canoas. Os produtos pertencem à Copa Energia, que afirmou que os botijões estavam vazios, mas que mantinha o monitoramento da região para evitar riscos à população.
Com a força da água, os reservatórios de gás boiaram para terrenos de empresas vizinhas. A Copa Energia instalou barreiras para conter os produtos.
No final de maio, já com a área seca, a Copa Energia divulgou imagens do local sem os botijões de gás.
Pátio da empresa Copagás esvaziada após distribuição de botijões
Divulgação/Copagás
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