Movimento dos Trabalhadores Sem Terra ocupou área da Embrapa na cidade pernambucana. Para Paulo Teixeira, com reivindicações atendidas, motivos do protesto já foram ‘resolvidos’. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou nesta segunda-feira (15) que reivindicações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Petrolina (PE) já foram atendidas pelo governo. Com isso, segundo ele, as reivindicações estão resolvidas.
O ministro deu a declaração em evento no Palácio do Planalto, enquanto comentava a invasão do MST en terrenos da Embrapa na cidade pernambucana.
Segundo o MST, 2.400 famílias participam das ocupações em Petrolina. De acordo com a Embrapa, duas áreas, que são utilizadas como campos experimentais, foram ocupadas.
Teixeira informou que o governo fará transferências para a Embrapa, que permitirão que o órgão produza sementes para os integrantes do MST, uma das reivindicações do movimento, segundo o ministro.
“Sobre a Embrapa de Petrolina, vamos assinar nesta semana com a Embrapa um conjunto de transferência de recursos, que a gente chama de TED. Transferir para a Embrapa de Petrolina, para que a Embrapa possa produzir sementes para os agricultores familiares desta região, que é uma das reivindicações”, afirmou o ministro.
Teixeira participou, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de um evento no Palácio do Planalto sobre um programa voltado para a reforma agrária.
O ministro listou outras reivindicações do MST em Petrolina que foram atendidas pelo governo.
“Uma segunda reivindicação é o assentamento no perímetro irrigado, também estamos atendendo. E a terceira é sobre abertura de um escritório do Incra em Petrolina, já que Petrolina fica a 600 km [do Recife] e lá tem, realmente, alta demanda de movimentos sociais. Essas três questões já estão equacionadas no âmbito do Incra. Assim, entendemos que atendemos [as reivindicações]. E, ao atender a finalidade do protesto, está atendida e resolvida [a reivindicação]” disse Teixeira.
Programa de reforma agrária
O programa lançado por Lula busca incentivar o processo de reforma agrária e o assentamento de famílias.
A iniciativa estabelece uma espécie de “prateleiras de terras” disponíveis no país – e classifica esse estoque de propriedades em dez categorias.
Segundo o governo, a intenção é incluir 295 mil famílias no processo de assentamento até 2026