Promessa era de que vítimas iriam seguir carreira de modelos com altos cachês. Operação Trap, da Polícia Civil do Distrito Federal, para combater o esquema criminoso foi deflagrada nesta quinta-feira (14). Operação Trap
Polícia Civil/Divulgação
Uma moradora de São José do Rio Preto (SP) foi vítima de uma falsa agência de modelos que extorquia mulheres depois de enviarem conteúdos sexuais. A Operação Trap, da Polícia Civil do Distrito Federal, para combater o esquema criminoso foi deflagrada nesta quinta-feira (14).
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Segundo a Polícia Civil, a organização prometia que as vítimas seguiriam carreiras de modelos com altos cachês. Para convencimento, eles mostravam supostas contas bancárias com valores elevados (entenda abaixo).
Ainda conforme a polícia, algumas mulheres eram obrigadas a praticar relações sexuais com os estelionatários mediante fraude.
De acordo com as investigações, que duraram quase dois anos, o grupo encontrava as vítimas nas redes sociais. Os alvos eram mulheres jovens, entre 18 e 30 anos, que fossem ativas nas redes sociais.
Não foi divulgada a quantia perdida pela vítima de Rio Preto. A Polícia Civil segue investigando o caso.
O golpe
Mensagens trocadas pelo Instagram do grupo criminoso com as vítimas
Polícia Civil/Divulgação
Por meio de um perfil falso, um dos criminosos localizava a vítima no Instagram, dizendo que possuía uma agência de modelos e que estava em busca de novos perfis.
Para conquistar a confiança das vítimas, o autor mandava uma cópia de documentos e imagens do extrato de contas bancárias com milhões na conta, afirmando que os valores vinham dos trabalhos das modelos.
Em mensagens trocadas com as vítimas, um dos golpistas oferece à vítima o trabalho de realizar fotos nuas, com a promessa de sigilo (veja print acima).
Os crimes funcionavam assim:
O autor induzia as vítimas a enviar fotos e vídeos íntimos, com a promessa de que elas iriam seguir carreira de modelo e que ganhariam altos cachês, em dólares;
Com outro perfil falso, que seria da representante da agência de modelos, a vítima era informada que um cliente teria se interessado, mas que só faria o pagamento caso elas “realizassem seus desejos” em uma chamada de vídeo;
Dias depois, as mulheres eram chamadas por outro perfil falso, e recebiam os vídeos das chamadas que tinham sido gravadas;
As mulheres entravam em contato com o perfil que era da proprietária da agência para resolver o problema, mas eram informadas que a empresa teria sido assaltada e que teriam levado seus aparelhos eletrônicos com as fotos e vídeos das modelos da agência;
Em seguida, a suposta agenciadora informava que tinha conseguido negociar com o assaltante para que ele não divulgasse os vídeos. Mas, para isso, as vítimas teriam que pagar uma quantia em dinheiro.
Assim, as vítimas eram extorquidas sob a ameaça de divulgação dos seus vídeos e fotos íntimas nas redes sociais. Assustadas, elas acabavam fazendo os pagamentos para contas laranjas fornecidas pela organização criminosa.
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Ceilândia e no Gama, no Distrito Federal; em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco; e no estado de São Paulo, na capital.
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