7 de janeiro de 2025

Moradora de Rio Preto é uma das vítimas de grupo criminoso que extorquia mulheres com vídeos íntimos

Promessa era de que vítimas iriam seguir carreira de modelos com altos cachês. Operação Trap, da Polícia Civil do Distrito Federal, para combater o esquema criminoso foi deflagrada nesta quinta-feira (14). Operação Trap
Polícia Civil/Divulgação
Uma moradora de São José do Rio Preto (SP) foi vítima de uma falsa agência de modelos que extorquia mulheres depois de enviarem conteúdos sexuais. A Operação Trap, da Polícia Civil do Distrito Federal, para combater o esquema criminoso foi deflagrada nesta quinta-feira (14).
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Segundo a Polícia Civil, a organização prometia que as vítimas seguiriam carreiras de modelos com altos cachês. Para convencimento, eles mostravam supostas contas bancárias com valores elevados (entenda abaixo).
Ainda conforme a polícia, algumas mulheres eram obrigadas a praticar relações sexuais com os estelionatários mediante fraude.
De acordo com as investigações, que duraram quase dois anos, o grupo encontrava as vítimas nas redes sociais. Os alvos eram mulheres jovens, entre 18 e 30 anos, que fossem ativas nas redes sociais.
Não foi divulgada a quantia perdida pela vítima de Rio Preto. A Polícia Civil segue investigando o caso.
O golpe
Mensagens trocadas pelo Instagram do grupo criminoso com as vítimas
Polícia Civil/Divulgação
Por meio de um perfil falso, um dos criminosos localizava a vítima no Instagram, dizendo que possuía uma agência de modelos e que estava em busca de novos perfis.
Para conquistar a confiança das vítimas, o autor mandava uma cópia de documentos e imagens do extrato de contas bancárias com milhões na conta, afirmando que os valores vinham dos trabalhos das modelos.
Em mensagens trocadas com as vítimas, um dos golpistas oferece à vítima o trabalho de realizar fotos nuas, com a promessa de sigilo (veja print acima).
Os crimes funcionavam assim:
O autor induzia as vítimas a enviar fotos e vídeos íntimos, com a promessa de que elas iriam seguir carreira de modelo e que ganhariam altos cachês, em dólares;
Com outro perfil falso, que seria da representante da agência de modelos, a vítima era informada que um cliente teria se interessado, mas que só faria o pagamento caso elas “realizassem seus desejos” em uma chamada de vídeo;
Dias depois, as mulheres eram chamadas por outro perfil falso, e recebiam os vídeos das chamadas que tinham sido gravadas;
As mulheres entravam em contato com o perfil que era da proprietária da agência para resolver o problema, mas eram informadas que a empresa teria sido assaltada e que teriam levado seus aparelhos eletrônicos com as fotos e vídeos das modelos da agência;
Em seguida, a suposta agenciadora informava que tinha conseguido negociar com o assaltante para que ele não divulgasse os vídeos. Mas, para isso, as vítimas teriam que pagar uma quantia em dinheiro.
Assim, as vítimas eram extorquidas sob a ameaça de divulgação dos seus vídeos e fotos íntimas nas redes sociais. Assustadas, elas acabavam fazendo os pagamentos para contas laranjas fornecidas pela organização criminosa.
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Ceilândia e no Gama, no Distrito Federal; em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco; e no estado de São Paulo, na capital.
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