11 de outubro de 2024

Moradores de Limeira e Piracicaba em Orlando falam sobre chegada do furacão Milton: ‘impotência’

Imigrantes de Limeira (SP) relatam o que tem vivido e como têm se preparado para iminente chegada de um dos piores furacões da história dos Estados Unidos, que deve atingir a Flórida nesta quinta (10). Priscila mostra a janela de sua casa em Orlando que vai ser coberta por tapumes em preparação para chegada do furacão Milton
Reprodução/EPTV
Avaliado em categoria quatro na escala de intensidade, o furacão Milton tem previsão para atingir a cidade de Tampa, Flórida, nos Estados Unidos, na madrugada desta quinta-feira (10). O fenômeno tem força para chegar a capacidade máxima de destruição e tem preocupado as autoridades, com ventos de até 250 quilômetros por hora.
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🏠Imigrantes de Limeira (SP) que moram próximo ao local da chegada do furacão compartilharam ao g1 e a EPTV, afiliada da TV Globo para Piracicaba e região, sobre como tem sido a preparação para a chegada do fenômeno e sobre o medo do que pode acontecer.
🏨Um casal de Piracicaba (SP), que passa férias em parques de Orlando, também conversou com o g1 Piracicaba (SP). A previsão é que a cidade não seja tão afetada pelo furacão. Mas, providências têm sido tomadas por segurança. Segundo a farmacêutica Katiane Cardoso, os turistas foram orientados a não saírem dos hotéis nesta quinta-feira (10). ⚠️Leia mais, a seguir.
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Voos internacionais de Viracopos para Florida são cancelados por causa de furacão
A administradora de empresa Priscila Oliveira mora em Orlando, na Flórida, desde 2019. Ela conta que, de todos os alertas que já receberam para furacão, o Milton é o que tem causado mais preocupação. Em sua casa, Priscila optou por fechar uma das janelas com um tapume.
“Por mais que exista uma estatística do que pode acontecer, você sempre tem que se preparar pro pior, esperando o melhor”, conta.
‘Sensação de impotência’
Guilherme Carvalho, também de Limeira, mora há três anos em Orlando e atua como garçom. Até o momento, a evacuação não é obrigatória na cidade mas isso não impede que os moradores sintam medo do que pode acontecer.
Guilherme conta que os dias que antecedem a chegada de um furacão são sempre muito cinzas e chuvosos, e com o Milton não tem sido diferente. A maior diferença, para ele, é o caos e o medo no olhar das pessoas.
“Tem pessoas espalhando vídeos de tempestades antigas, informações que não procedem”, explica um dos motivos pelos quais o desespero têm tomado conta dos moradores da região.
Post compartilhado por Guilherme nesta quarta-feira (9) sobre a chegada do furacão Milton na cidade onde mora, em Orlando
Reprodução/Redes Sociais
Estando na região há alguns anos, Guilherme já passou por outros alertas de furacão. Para ele, o medo sempre aparece nessa situação.
“É uma sensação de impotência, sabe? Eu moro aqui há alguns anos já e sinceramente é sempre como se fosse a primeira vez. O caos generalizado, o medo no olhar das pessoas. Claro que temo pela minha vida, mas o receio de perder tudo que conquistou em questão de segundos me domina”, conta o imigrante.
Furacão Milton avança em direção à Flórida, mostra imagem da Estação Internacional
NASA via REUTERS
Katiane Inforçato Cardoso descreve cenário em parques de Orlando nos Estados Unidos por onde o furacão Milton deverá passar nesta quinta-feira (10).
Katiane Cardoso/Arquivo pessoal
Casal de Piracicaba
A farmacêutica Katiane Cardoso e o marido, Michael Cardoso, passam férias em Orlando, cidade conhecida como destino dos turistas brasileiros nos Estados Unidos, desde o último dia 27 de setembro. Ao g1, ela disse que foram orientados a permanecerem dentro do hotel nesta quinta-feira (10), quando o furacão deve chegar a cidade.
O casal chegou aos Estados Unidos antes dos alertas de previsão da passagem do furacão Milton. De acordo com Katiane, há chuvas intensas e os parques de Orlando fecharam mais cedo nesta quarta-feira (9).
“Fomos avisados para não deixarmos os hotéis. Os parques vão ficar fechados amanhã [quinta-feira (10)] e, hoje [quarta] também encerraram as atividades às 14h por precaução. Estamos há cerca de 30 quilômetros do epicentro. A preocupação maior está, neste momento, em Tampa e Anna Maria Island, onde já evacuaram as cidades. As pessoas aqui estão acostumadas com furacão”, contou.
***Sob supervisão de Claudia Assencio
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