Jean-Marie fundou o partido Frente Nacional, hoje Reunião Nacional, e é pai de Marine Le Pen, nome mais forte da extrema direita na política francesa. A família confirmou sua morte à agência de notícias France Presse. Jean-Marie Le Pen em imagem do dia 7 de setembro de 2007, em Saint-Cloud, França
Thomas Coex/AFP/Arquivo
Jean-Marie Le Pen, um líder histórico da extrema direita na França, morreu aos 96 anos nesta terça-feira (7), afirmou a família à agência de notícias France Presse (AFP). Jean-Marie é pai de Marine Le Pen, principal nome da extrema direita na política francesa atualmente.
Ele estava internado em uma casa de repouso há várias semanas devido à sua saúde debilitada e morreu ao meio-dia (8h no horário de Brasília) “cercado por sua família”, afirmou a família em nota à AFP.
Jean-Marie Le Pen fundou em 1972 a Frente Nacional, atual Reunião Nacional, um partido que inicialmente reunia neofascistas e depois foi se moderando. O partido, no entanto, permanece sendo o principal da extrema direita na França. O político foi expulso do Reunião Nacional em 2015 após declarações sobre o Holocausto.
Nascido em 20 de junho de 1928 em La Trinité-sur-Mer, oeste da França, e formado em direito, Jean-Marie serviu como legionário nas guerras da Indochina (1953) e Argélia (1957).
O político foi candidato à Presidência da França cinco vezes. Em 2002, chegou ao segundo turno, sendo derrotado por esmagadora maioria por Jacques Chirac.
Ele foi eleito em 1956 à Assembleia Nacional, foi derrotado nas legislativas de 1962. Em 1984, ele foi eleito eurodeputado, e nas legislativas de 1986, foi novamente eleito à Assembleia Nacional francesa.
Esta reportagem está em atualização.
Marine Le Pen é saudada pelo pai, Jean-Marie Le Pen, no final de uma campanha em 30 de março de 2012, em Nice, sudeste da França
Boris Horvat/AFP/Arquivo