Família é do Pará e veio para Goiás para ser acompanhada por uma equipe especializada em gêmeos siameses. Médico considerava o caso de Lara e Larissa era o mais complexo que ele já atendeu. Gêmeas siamesas Lara e Larisa Cardoso, em Goiás
Arquivo pessoal / Kátia Cardoso
Morreram na manhã desta sexta-feira (23) as gêmeas siamesas Lara e Larissa Cardoso, que nasceram unidas pelo tórax, abdômen e genitália. Elas nasceram outubro de 2023, em Goiânia, e deixaram o hospital pela primeira vez no último dia 7 de agosto.
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A informação foi publicada pela família nas redes sociais. “Hoje partiu as nossas princesas. Só queremos agradecer a todos que desejaram o bem e muitas orações”, escreveram. O médico Zacarias Calil, que acompanhou as gêmeas, se solidarizou com a família.
“Elas, embora por um breve período, trouxeram luz e amor para todos que tiveram a sorte de conhecê-las”, declarou Calil nas redes sociais.
Calil, especialista em casos de gêmeos siameses e pioneiro no procedimento de separação de siameses em Goiás, afirmou que o caso de Lara e Larissa era o mais complexo que ele já atendeu. A causa da morte das meninas não foi divulgada.
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Divulgação/Hecad
Entenda o caso
A família de Lara e Larissa é de Parauapebas, no Pará. A mãe das bebês, Kátia Cardoso, contou ao g1 que veio para Goiânia no final da gestação para ser atendida por uma equipe especializada no acompanhamento de gêmeos siameses.
O parto das siamesas aconteceu no Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) e por lá ficaram 59 dias em estado gravíssimo. Elas foram estabilizadas e transferidas para o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad).
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A transferência das gêmeas Lara e Larissa aconteceu no dia 5 de dezembro. Juntas, elas pesam 3,6 kg, segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que fez o acompanhamento pré-natal da mãe, Kátia Márcia Cardoso, de 36 anos, das crianças desde o mês de setembro.
O parto das meninas durou cerca de 1h30 minutos, sendo assistido por uma equipe multidisciplinar do Hemu. Calil contou que o quadro clínico das siamesas mudava a cada minuto e, por detalhes, piorava, tornando o período um desafio para os profissionais.
“Não foi tarefa fácil, mas a equipe nunca desistiu. Sempre acreditando na vida, mesmo diante das mínimas chances de sobrevivência. Parabéns aos guerreiros e heróis do hospital”, disse.
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