26 de dezembro de 2024

Motorista de aplicativo que levava músico que morreu durante perseguição policial relata o incidente

Ele e a vítima estava em um carro e foram surpreendidos com uma batida de outro veículo, onde estavam os suspeitos que estavam sendo perseguidos pela polícia. Motorista de aplicativo que levava músico morto durante perseguição relata o incidente
O motorista de aplicativo Francisco Valdéris Camilo Sousa, de 26 anos, que levava o baixista Carlos Henrique de Araújo Rocha Filho, de 24 anos, morto durante uma perseguição policial na madrugada da última quinta-feira (30) em Teresina, relatou em entrevista à TV Clube como tudo aconteceu (assista no vídeo acima).
Francisco e Carlos Henrique estava em um carro e foram surpreendidos com uma batida de outro veículo, onde estavam os suspeitos que estavam sendo perseguidos pela polícia. Inicialmente, a suspeita era de que o músico havia sido baleado, mas conforme a perícia, ele morreu devido ao impacto da batida.
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“Foi uma experiência horrível, que não vou conseguir esquecer, vou ter que conviver com isso. Por um lado estou feliz, por ter nascido de novo. Sobrevivido a esse evento. Mas vou ter que começar tudo de novo não mais uma forma de renda, eu só dependia do meu carro e deu perda total, não tem como recuperar”, contou o motorista.
Francisco contou que madrugada quando ele aceitou a corrida solicitada pelo músico. “Era por volta das duas horas da manhã. Eu estava um pouco longe dele, próximo a rodoviária, e ele estava em um bar na Avenida Homero Castelo Branco. Peguei porque ele iria para próximo da minha casa”, disse.
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O motorista contou que estava cruzando a Avenida Presidente Kennedy, na Zona Leste de Teresina, quando o carro onde os suspeitos estavam bateu no dele. “Senti o impacto, do meu lado direito. Eu não vi nem o que bateu em mim, só ouvi a sirene e vi as luzes da polícia bem longe”, afirmou.
“Eu só tenho flashes, não consigo lembrar muito bem. Ouvi o barulho dos tiros, me abaixei no carro, abri a porta, sai abaixado e atravessei a avenida com cuidado, me distanciando das balas para me proteger”, completou Francisco.
Ele relatou que não viu o momento que o músico saiu do carro. “Não vi para onde ele correu. Depois que eu vi que estava seguro que fui procurar e vi que o carro estava vazio. Mas o instrumento dele ainda estava lá. Quando vi, ele estava no chão. Não cheguei perto, eu não conseguia ver. Foi muito trágico, poderia ter sido eu”, declarou.
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Departamento de homicídio vai investigar o caso
O delegado Francisco Costa, o Baretta, coordenador do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa, informou que investigará o caso. “Nós não recebemos o laudo cadavérico definido da causa morte ainda. Contudo, é nosso dever legal investigar morte violenta por intervenção policial”, disse ao g1.
Ele destacou que serão analisados os depoimentos dos policiais e do motorista de aplicativo, no carro de quem o músico estava. Para o delegado, somente após analisar os relatos o caso poderá ser concluído ou encaminhado a outro departamento – caso se confirme a morte por acidente. A Polícia Militar informou que também está apurando o caso.
O baixista Carlos Henrique Rocha Filho, de 24 anos, morreu em perseguição policial em Teresina
Reprodução
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