Dados são da Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes, que liga São Paulo ao litoral paulista. O valor reajustado nesta segunda-feira (1) passou de R$ 35,30 para R$ 36,80. Pedágio mais caro do país fica localizado no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)
A Tribuna Jornal
O pedágio do Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), onde é cobrada a tarifa mais cara do Brasil, movimentou R$ 1.489 bilhão em 2023. Os números foram divulgados pela Ecovias, concessionária que administra o trecho.
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Os reajustes das tarifas nos pedágios de São Paulo entraram em vigor nesta segunda-feira (1°). A maior tarifa do país, cobrada nas rodovias Anchieta (SP-150) e Imigrantes (SP-160), passou de R$ 35,30 para R$ 36,80.
Conforme apurado pelo g1, a concessionária registrou uma arrecadação bruta de R$ 1.489 bilhão com a cobrança de tarifas no SAI em 2023. O número supera em 18,7% o que foi arrecadado em 2022, quando foram movimentados R$ 1.255 bilhão.
No primeiro trimestre deste ano, a arrecadação do SAI alcançou os R$ 406,8 milhões, superando em 14,1% os valores arrecadados no mesmo período em 2023.
A segunda maior arrecadação bruta em 2023, em rodovias concedidas ao grupo EcoRodovias, corresponde ao trecho EcoRioMinas, que envolve a BR-493/RJ, BR-465/RJ e BR-116/RJ e MG, onde foram movimentados R$ 596,8 milhões em tarifas de pedágios.
Imagem ilustrativa de uma das pontes do Sistema Anchieta-Imigrantes
Arquivo A Tribuna
Reajuste
A Ecovias informou que os novos valores foram autorizados pela Agência Reguladora de Transportes de São Paulo (Artesp) e baseados no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), conforme prevê o contrato.
Assim como no ano passado, os pedágios das rodovias Cônego Domênico Rangoni e a Padre Manoel da Nóbrega também terão um aumento de R$ 0,70 e R$ 0,50, respectivamente.
Reajuste dos pedágios
Como é trafegar pela rodovia mais cara do Brasil
g1 mostra experiência de moradores da Baixada Santista que sobem e descem a serra para SP
O g1 registrou, em julho de 2023, a experiência de moradores do litoral de São Paulo que utilizam as rodovias dos Imigrantes e Anchieta para ir até a capital paulista e, depois, voltar à Baixada Santista (veja o vídeo acima).
Na ocasião, a equipe de reportagem saiu de Santos (SP) e subiu a serra pela Rodovia dos Imigrantes. Depois, pegou um retorno próximo a São Paulo e voltou ao litoral por meio da Rodovia Anchieta. Tratam-se das duas rodovias que ligam a Baixada Santista à capital do estado. O Sistema Anchieta-Imigrantes é formado também pelas rodovias Padre Manoel da Nóbrega e Cônego Domênico Rangoni.
Na ida pela Imigrantes, a reportagem não registrou problemas no trajeto além de neblina na pista, situação alertada em placas pelo caminho. Na volta pela Anchieta, porém, filmou caminhões conduzidos pela faixa da esquerda, o que não é permitido.
A Ecovias esclareceu, à época, que existiam no trecho de serra da Anchieta, do km 40 ao 51, 20 placas informando a velocidade máxima permitida no local, 50km/h, e outras 15 alertando sobre a proibição de caminhões trafegarem pela faixa da esquerda.
A concessionária, no entanto, afirmou que não tinha poder de polícia para fiscalizar, perseguir ou punir infratores de qualquer natureza. A empresa declarou que buscava fornecer equipamentos, dados e recursos para que as autoridades competentes desempenhassem suas funções.
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