20 de outubro de 2024

MP quer que empresa que construiu pista de caminhada destruída por chuvas indenize Prefeitura de Maringá

Obra foi entregue em 2021 e teve trechos destruídos um ano e oito meses depois. Para o MP, houve falhas técnicas na execução do projeto. g1 entrou em contato com a empresa e aguarda retorno. Pista emborrachada: ação pede dinheiro de volta
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu à Justiça de Maringá, no norte do Paraná, que os envolvidos na construção da pista emborrachada do Parque do Ingá devolvam para a prefeitura o valor gasto com a obra, que totalizou R$ 4,2 milhões.
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Os serviços duraram quase dois anos e foram finalizados em setembro de 2021, após o contrato do Município com a construtora receber oito aditivos.
Em fevereiro de 2022, chuvas destruíram parcialmente a pista. Dois meses depois, a chuva danificou outros trechos do pavimento emborrachado. Desde então, as partes danificadas ficaram apenas com o asfalto e não tiveram a pista emborrachada recolocada.
Para a promotoria, houve falhas técnicas na execução do projeto. Veja detalhes mais abaixo.
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O g1 entrou em contato com a R. Martins Garcia Construção Civil, empresa responsável pela execução, e aguarda resposta.
O inquérito também cita seis funcionários municipais envolvidos na obra. Os nomes deles não foram revelados e, por isso, o g1 não conseguiu identificar as defesas deles.
Em nota, a Prefeitura de Maringá disse que entregou ao MP todas as informações solicitadas e reafirmou o compromisso com a lisura e transparência de todos os atos.
Chuva leva parte de pista de caminhada de parque, em Maringá
Falhas técnicas
A investigação começou em junho de 2023, após uma denúncia do Observatório Social do município ao Ministério Público.
O Núcleo de Apoio Técnico Especializado do MP apontou irregularidades técnicas no projeto arquitetônico. De acordo com o promotor Leonardo Vilhena, os problemas foram identificados na implantação da borracha no solo.
“A forma como o projeto foi feito não previu minimamente uma forma de colar a pista emborrachada no solo. Ou seja, aquilo ali ficou descolado. Qualquer situação que acontecesse ali, de água passando, poderia facilmente descolar essa pista. Descolar e deslocar. Aí, consequentemente, perder essa pista”, diz.
Vilhena afirma que o MP pede a responsabilização dos envolvidos por quatro situações:
erro no projeto da pista;
autoridades que tinham conhecimento técnico para arrumar o projeto não o fizeram;
ausência de fiscalização;
e responsabilidade da empresa em garantir a utilização de produto de qualidade na obra.
Borracha de pista de caminhada foi arrastada pela água, em Maringá
Agnaldo da Silva
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