19 de setembro de 2024

MP-SP denuncia e pede prisão preventiva de motorista que causou morte a mais de 100 km/h

Fernando Sastre Filho foi acusado de homicídio com dolo eventual – quando se assume o risco de matar -, e lesão corporal gravíssima. O Ministério Público de São Paulo denunciou o motorista que provocou uma morte a mais de 100 km/h. O MP pediu à Justiça a prisão preventiva de Fernando Sastre Filho.
O MP-SP acusa Fernando Sastre Filho de homicídio com dolo eventual – quando se assume o risco de matar -, e lesão corporal gravíssima.
Na denúncia, a promotora Monique Ratton citou os documentos e depoimentos que indicam que Fernando Sastre bebeu antes de dirigir. Ele nega.
A câmera corporal da PM mostra que um bombeiro que atendeu a ocorrência comenta que Fernando estava embriagado.
Bombeiro: É, estavam um pouco etilizados esses caras, né?
PM: Sim, sim.
Na denúncia, a promotora destacou ainda a velocidade do carro na avenida. Segundo o laudo da polícia científica, chegou a 156 km/h, três vezes acima do limite permitido.
O acidente foi em 31 de março. O motorista de aplicativo Ornaldo Vianna morreu. Marcus Vinicius da Rocha, amigo de Sastre que estava no banco do carona, teve ferimentos graves.
O motorista do Porsche Fernando Sastre se apresenta no 30°DP para depoimento.
Reprodução/TV Globo
Segundo a promotora, os vídeos das câmeras corporais dos PMs indicam que Fernando e a mãe, Daniela – que chegou minutos depois do acidente – tentaram esconder a embriaguez do rapaz e sair sem dar maiores esclarecimentos sobre a batida.
Mãe: Já passou tudo pra ele, tá tudo com ele já!
PM: Só que você não pode tirar ele daqui assim. A gente tem que qualificar primeiro pra depois a senhora retirar.
O Ministério Público também se mostrou favorável ao novo pedido de prisão preventiva de Fernando Sastre, feito pela Polícia Civil – outros dois foram negados. Cabe à Justiça decidir se determina a prisão e se aceita a denúncia.
A promotora diz que não há elementos suficientes para acusar Fernando Sastre Filho por fuga do local do crime, porque foram os próprios policiais militares que liberaram o rapaz, sem exigir que ele fizesse o teste do bafômetro.
O Ministério Público classificou a conduta dos policiais de reprovável e pediu à Justiça o compartilhamento das provas com a promotoria de Justiça Militar, que deve avaliar se os policiais vão responder a um processo criminal.
A defesa de Fernando Sastre não quis comentar a denúncia.
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