Conforme o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Marco Antônio Delfino, o estudante faz parte de uma comitiva que foi até o local levar mantimento. MPF investiga suposta agressão a pesquisador americano em área de conflito entre indígenas e produtores rurais
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O Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso do Sul está investigando uma suposta agressão a um pesquisador americano da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), nesta segunda-feira (29). O caso teria ocorrido em área de conflito entre indígenas e produtores rurais em Douradina (MS).
Conforme uma denúncia feita ao Conselho Indigenista Missionário (CIMI), o estudante teria sido vítima de uma emboscada quando seguia por uma estrada vicinal, próxima ao acampamento. Ao g1, o procurador do MPF, Marco Antônio Delfino, informou que uma equipe foi mandada ao local para averiguar se houve realmente a agressão e em quais circunstâncias ela ocorreu.
Ainda segundo Delfino, o doutorando faz parte de uma comitiva que foi até o local levar mantimento para o acampamento, junto de integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST).
Vítima estaria em uma estrada vicinal, próximo ao acampamento. Caso segue em investigação
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Reunião sobre acordo
Ainda na tarde desta segunda-feira (29) houve um segundo encontro na sede do MPF, em Dourados, com representantes de produtores rurais e também da comunidade indígena. De acordo com o procurador, a reunião terminou sem acordo entre os envolvidos.
O MPF apresentou uma solução por meio de uma concessão de terras, que não foi aceito. A medida funcionaria da seguinte forma: produtores que possuem títulos federais de propriedade receberiam novos títulos de terras em outra localidade.
Entretanto, os produtores entenderam que a medida não traz segurança jurídica e nem garante que não haverá novas invasões. Já os representantes de entidades indígenas veem a medida como uma solução que desrespeita o direito ancestral sobre as terras, principalmente no caso da região do Panambi, que delimitada como território Guarani Kaiowa desde 2011.
Segundo a Famasul, 4 propriedades rurais estão ocupadas em Douradina e uma em Caarapó. Em Douradina, uma das propriedades a justiça já determinou reintegração de posse, mas a decisão cabe recurso e ainda não há prazo para que seja cumprida.
O MPF informa que outras reuniões serão feitas para a tentativa de acordo.
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