29 de dezembro de 2024

Mulher acusada de atacar empresária judia em Arraial D’Ajuda vira ré por injúria racial

Vítima foi chamada de “assassina de crianças” e de “maldita sionista”; caso aconteceu após as duas se desentenderam por meio de uma rede social por causa do conflito entre o Hamas e Israel, na Faixa de Gaza. Empresária judia denuncia racismo após ser chamada de ‘assassina de crianças’ na BA
A mulher acusada de agredir a empresária judia Herta Breslauer em Arraial D’Ajuda, em Porto Seguro, na Bahia, virou ré por injúria racial.
Em 2 de fevereiro, Ana Maria Leiva Blanco entrou na loja da empresária judia e deu um tapa no rosto da vítima e tentou continuar a agredi-la, sendo impedida pelo próprio namorado.
A empresária passou a filmar a situação e registrou o momento em que foi chamada de “assassina de crianças” e de “maldita sionista”.
O sionismo é um movimento político e ideológico que defednde a criação de um Estado judeu.
O caso aconteceu após as duas se desentenderam por meio de uma rede social por causa do conflito na Faixa de Gaza, entre o Hamas e Israel. Após a discussão, Herta bloqueou a acusada no aplicativo de mensagens.
Ela registrou um boletim de ocorrência. “Ela entrou na loja gritando e por eu ser judia, me chamou de assassina de crianças. Olha só o que ela fez”, afirmou a comerciante em vídeo, após a mulher ser retirada do local.
Em 7 de março, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) tornou ré a acusada e determinou que ela apresente defesa em até 10 dias.
Na ocasião, a Confederação Israelita do Brasil e Sociedade Israelita da Bahia emitiram uma nota de repúdio e pediram que o caso fosse investigado como crime de ódio. [Confira nota na íntegra abaixo].
Procurada pelo blog, Ana Maria não quis comentar o caso.
Nota de repúdio da Confederação Israelita do Brasil e Sociedade Israelita da Bahia
“A Conib e a Sociedade Israelita da Bahia denunciam uma repugnante agressão contra um comerciante judia em Arraial da Ajuda, na Bahia, pelo simples fato de ela ser judia. Uma agressão covarde, antissemita, que deve ser investigada como crime de ódio e seguir o seu devido processo legal. A Conib vem pedindo moderação e equilíbrio às nossas lideranças para não importarmos o trágico conflito em curso no Oriente Médio.

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