7 de novembro de 2024

Mulher de Batatais, SP, disse a guardas que não sabia que latas de suplemento alimentar do filho não podiam ser vendidas


Mãe confessou que negociava produtos na internet porque bebê de 1 ano não se adaptou. Ela vai responder pelo crime de estelionato. Mulher é detida por desviar suplemento alimentar de filho e vender nas redes sociais
A mulher que foi detida na segunda-feira (4) após ser flagrada comercializando latas de suplemento alimentar para crianças nas redes sociais disse aos guardas municipais que não sabia que não podia vender os produtos, doados à ela por meio da Secretaria de Saúde de Batatais (SP). Ela foi ouvida e liberada e vai responder pelo crime de estelionato.
“Ela foi questionada pela Guarda Municipal se tinha conhecimento que esse tipo de ação não podia ser feito e ela disse que desconhecia que não poderia fazer a venda do produto”, disse o comandante Marcelo Fracarolli.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a mulher de 19 anos, é usuária do Sistema Único de Saúde (SUS), tem cadastro e retira as latas todos os meses. Ela não foi encontrada para comentar o caso.
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Na segunda-feira, a mulher pegou oito latas, que seriam usadas pelo filho, de 1 ano, entre novembro e dezembro. Trinta minutos depois da retirada, ela publicou a venda nas redes sociais.
Latas de suplemento alimentar eram desviadas da Secretaria de Saúde de Batatais, SP, e vendidas na internet
Lindomar Cailton/EPTV
O produto tem valor médio de R$ 55 no mercado, mas a mulher negociava por R$ 30.
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À EPTV, afiliada da TV Globo, Fracarolli revelou que ela disse em depoimento que vendia os produtos na internet porque o bebê não se adaptou.
“Ela disse que o filho não se adaptava com o leite e ela passou a retirar e fazer a venda desse produto. Ela confessou que retirou na manhã de ontem [segunda-feira] mesmo esse leite e, chegando em casa, já anunciou no Facebook para a venda do produto por não usar o produto aquele dia”.
A GCM chegou até ela após conseguir os dados de contato com a Secretaria da Saúde.
“Esse suplemento alimentar não é disponibilizado de maneira ampla. Nós temos um protocolo, esse protocolo é realizado com base em um acolhimento da nossa equipe, nós temos assistentes sociais que acompanham essas famílias, são famílias em situação de vulnerabilidade social, são famílias que têm cadastro único e já são acompanhadas por nossas equipes”, disse Bruna Francielle Toneti, secretária da pasta.
Anúncio nas redes sociais
A GCM chegou até a mulher após uma denúncia de que as latas de suplemento alimentar eram comercializadas por meio de um anúncio na internet.
Latas de suplemento alimentar eram desviadas da rede pública de saúde de Batatais (SP) e vendidas na internet
Redes sociais
Em um post, era anunciada a venda de latas de 400 gramas por R$ 200. Em outro, o produto era vendido por R$ 30.
Na publicação, a mulher e o marido, pais do bebê, diziam que tinham pagado pelo produto em uma farmácia, mas o suplemento alimentar é distribuído gratuitamente pela Prefeitura de Batatais.
O produto é utilizado como alimentação complementar para bebês em fase de transição do leite materno e só pode ser adquirido sob indicação médica.
Casal de Batatais desviava latas de suplemento alimentar e revendia nas redes sociais
Redes sociais
A Secretaria de Saúde pede à população que denuncie casos em que produtos que deveriam ser adquiridos gratuitamente são comercializados nas redes sociais.
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