16 de novembro de 2024

Mulher é estuprada e morta no MA; suspeito de praticar o crime era ‘amigo’ da vítima e costumava buscá-la no trabalho

O suspeito, que já está preso, confessou o crime e disse ter matado a mulher, por ela ter se negado a ter relações sexuais com ele. O
Mulher é estuprada e morta no MA; suspeito era ‘amigo’ da vítima e costumava buscá-la no trabalho
Reprodução
Uma mulher, identificada como Dayane Monteiro Wanderley, de 26 anos de idade, foi estuprada e morta por esganadura, na madrugada dessa quarta-feira (21), na cidade de Grajaú, na região centro-oeste do Maranhão. Após ser assassinada, a vítima ainda teve o corpo violado sexualmente.
O principal suspeito de praticar o crime é um homem de 23 anos, que não teve o nome divulgado. Ele foi preso em flagrante, menos de 12 horas após a morte da vítima. O suspeito confessou o crime e disse ter matado a mulher, por ela ter se negado a ter relações sexuais com ele.
De acordo com as investigações, o suspeito era amigo da vítima e mantinha uma paixão platônica por ela, mas nunca era correspondido. Além disso, ele tinha o costume de ir buscar a vítima no trabalho e deixá-la em casa de motocicleta. E, na madrugada dessa quarta, após pegar a vítima no serviço, ele levou a mulher para uma área de mata, próximo à residência dela e tentou manter relações sexuais com Dayane, que recusou.
Diante da recusa, o homem esganou a vítima a fazendo desmaiar. Com a mulher inconsciente, o agressor passou a abusar sexualmente dela.
No momento em que era praticado o estupro de vulnerável, a mulher acordou do desmaio e travou uma luta corporal com o agressor. Nesse momento, Dayane foi esganada até a morte, e mesmo depois de morta, continuou sendo abusada sexualmente, caracterizando vilipêndio de cadáver.
Vilipêndio de cadáver: entenda qual a pena prevista por desrespeitar o corpo de uma pessoa morta
Ainda de acordo com as investigações, após matar a vítima, o homem a arrastou por cerca de 10 metros, até uma casa abandonada em construção, onde deixou o corpo dela.
O corpo de Dayane foi encontrado manhã de quarta-feira, no Loteamento Frei Alberto Bastos, pela Guarda Municipal, que acionou a Polícia Civil.
Durante as investigações, a polícia identificou que o suspeito tinha sido a última pessoa a ter contato com Dayane. Ao ser abordado pelos policiais, o homem estava usando uma camisa de gola alta e manga longa.
Os policiais solicitaram que o homem retirasse a camisa e viram que ele estava com várias marcas de arranhões em seu pescoço, indicando que havia travado uma luta com alguém.
Diante dos fatos, o homem foi levado para a delegacia para prestar depoimento. No início ele alegou ter deixado a vítima em frente a um supermercado na BR-010. Porém, ao ser conduzido para refazer o percurso, ele entrou em contradição e demonstrou nervosismo.
Ao ser questionado pelos policiais sobre sua possível participação no crime, o homem acabou confessando ter matado Dayane.
Ele disse que praticou o crime, porque a vítima se recusou a ter relações sexuais com ele e afirmou que era apaixonado por ela, mas que nunca teve seus sentimentos correspondidos.
Após confessar o crime, o homem foi autuado em flagrante na Delegacia de Polícia Civil de Barra do Corda, pelos crimes de feminicídio, estupro de vulnerável e vilipêndio a cadáver.
Em seguida ele foi encaminhado para uma unidade prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Com a morte de Dayane Monteiro Wanderley, chega a 40 o número de femicídios no Maranhão, só em 2024.
Maranhão registra 40 casos de feminicídio em 2024
Rede de proteção à mulher no MA
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-MA), disse que atua em diversas frentes, visando à prevenção da violência contra mulheres no Maranhão e que o estado possui 22 Delegacias da Mulher (DEM) e um Plantão 24 horas como unidades especializadas da Polícia Civil para o atendimento à mulher em situação de violência.
Ainda de acordo com a SSP, a pasta atua implantando Núcleos de Atendimento à Mulher, prioritariamente nos municípios onde ainda não há Delegacia Especial da Mulher, a fim de que as vítimas tenham um espaço acolhedor e humanizado. O projeto segue em expansão.
O Maranhão também possui 22 Patrulhas Maria da Penha, com cobertura em mais de 80 municípios. O programa é coordenado pela Polícia Militar e atua em apoio a mulheres em situação de violência doméstica ou familiar e na fiscalização do cumprimento das medidas protetivas.
Além disso, o estado possui canais de denúncias, entre os quais:
aplicativo Salve Maria Maranhão
190 – Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública)
181 – Disque-Denúncia Maranhão
Delegacia On-line

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