Fazem parte dessa lista cidades como Claro dos Poções, Curral de Dentro, Espinosa, Francisco Sá, Glaucilândia, Juramento, Mirabela e Salinas. Apenas em Montes Claros, já choveu 127,8 milímetros, o equivalente a 70% da média histórica do mês de janeiro que é de 179,8. Chuva causa interdição de ponte em Rubelita
Defesa Civil
Oito cidades do Norte de Minas estão em situação de anormalidade relacionadas às chuvas, segundo o boletim da Defesa Civil, divulgado nesta quinta-feira (16). Claro dos Poções, Curral de Dentro, Espinosa, Francisco Sá, Glaucilândia, Juramento, Mirabela e Salinas integram a lista.
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Uma morte foi registrada na região. Um homem, de 30 anos, desapareceu enquanto tentava passar de carro por uma ponte na zona rural de Glaucilândia. O corpo dele foi encontrado na segunda-feira (13). Segundo o Corpo de Bombeiros, o automóvel foi localizado a 30 metros de onde ele teria caído, no Rio Verde Grande, na última sexta-feira (10).
Conforme o boletim, em Itacambira foram registradas fortes chuvas que causaram alagamentos, atingindo veículos, móveis e eletrodomésticos de algumas casas, além de perda de animais. Um posto de saúde também foi afetado.
Corpo do homem que foi arrastado pela água é encontrado em Glaucilândia
Já em Botumirim, os alagamentos e enxurradas causaram danos a vias urbanas e estradas rurais. Estruturas como pontes, passagens molhadas e bueiros foram parcialmente ou totalmente comprometidas. Três pessoas ficaram desabrigadas.
O município de Claro dos Poções também foi fortemente atingido pelos temporais. Houve queda de energia nas zonas urbana e rural, e o comprometimento do abastecimento de água em uma comunidade. No Centro, enxurradas danificaram vias e passeios. Ao todo, três pessoas ficaram desabrigadas e 27 desalojadas.
O intenso período chuvoso causou destruição histórica em Cachoeira de Pajeú. Uma igreja construída em 1859 desabou na cidade. Houve também queda de energia em algumas localidades, estradas danificadas, e o rompimento de barragens que provocou a evacuação preventiva de residências devido ao risco de inundações. Quinze pessoas ficaram desalojados.
Foi identificado um aumento significativo no nível das águas em Salinas
Corpo de Bombeiros
Em Rubelita, duas pontes que ligam a cidade a comunidades rurais precisaram ser interditadas por causa do aumento do nível da água. Não há informações de desabrigados e desalojados.
O Corpo de Bombeiros realizou monitoramento de áreas com risco de inundação após as fortes chuvas em Salinas e devido ao aumento do volume da barragem da cidade. Foi identificado um aumento significativo no nível das águas. A equipe percorreu vários pontos críticos onde há possibilidade de alagamentos. Porém, não há riscos iminentes à população, nem situações que configurem emergência.
Em Bocaiuva, o nível do rio Jequitinhonha subiu e encobriu uma ponte que liga as comunidades de Pedregulho e Caçaratiba. Não há registro de desabrigados, desalojados ou de vítimas.
Duas pontes foram danificadas em Berilo. Uma fica na BR-367 e passa pelo rio Ribeirão. Essa ponte liga os municípios de Berilo e Virgem da Lapa. A outra ponte fica na zona rural de Berilo. A força da água destruiu a cabeceira da ponte isolando comunidades rurais. Não foram registrados casos de desabrigados, desalojados ou de vítimas.
Chuva causa estragos em Espinosa
A forte chuva que tem atingido Espinosa provocou alagamentos em vários pontos da cidade e já deixou 260 famílias desalojadas. Ao todo, mais de mil pessoas precisaram sair de casa. Desde o início de janeiro já choveu mais de 273 milímetros no município. O grande volume de chuva fez com que o nível das águas se elevasse, ultrapassando a ponte localizada na entrada da cidade. As águas percorreram aproximadamente 23 km até chegarem ao Centro da cidade e em mais três bairros.
Em Juramento, 30 famílias ficaram desalojadas. O Corpo de Bombeiros precisou resgatar, na madrugada de terça-feira (14), moradores que tiveram suas casas inundadas após o nível do Rio Juramento subir, fazendo submergir diversas ruas e provocando fortes enxurradas. Devido às inundações, várias famílias precisaram subir nos telhados para se manterem em segurança.
Nesta quarta, Juramento tem 32 desalojados por conta das chuvas
Na maior cidade do Norte de Minas, as chuvas também têm deixado estragos. Em Montes Claros, parte de uma calçada cedeu na avenida Vicente Guimarães. Já na avenida Sidney Chaves, a Defesa Civil precisou ampliar o perímetro de interdição devido à presença de uma grande cratera. A lagoa do parque municipal transbordou e ruas próximas ficaram alagadas.
De acordo com a meteorologista do INMET, Anete Fernandes, só nas duas primeiras semanas de janeiro já choveu em Montes Claros o equivalente a 70% da média histórica para todo o mês.
“Nos próximos dias a tendencia é de redução de chuva. Podemos ficar 2 ou 3 dias sem chuva, mas ela retorna depois em forma de pancadas isoladas que devem persistir até o dia 22 de janeiro. Até o momento a estação do INMET registrou 127,8 milímetros e a média de janeiro é de 179,8. A expectativa é que Montes Claros tenha chuvas acima da média”, destacou.
Em Montes Claros, parques são interditados por apresentarem risco aos frequentadores
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