24 de setembro de 2024

Mutirão para combater caramujo africano é anunciado em Fernando de Noronha

Espécie invasora pode transmitir doenças. Ação vai ser realizada na terça (16), na Vila do Trinta. Caramujo deve ser coletado com cuidado
João Vitor/ICMBio
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Administração de Fernando de Noronha vão realizar um mutirão, na terça-feira (16), para prevenir e combater o caramujo-gigante-africano (Achatina fulica). Os órgãos esperam contar com a participação dos moradores. A espécie é exótica e invasora e pode transmitir doenças.
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A ação será promovida na Vila do Trinta, área onde foram identificados diversos caramujos. O molusco será coletado e os moradores receberão orientações sobre manejo adequado.
O pesquisador do programa Pró-Espécies para ações de Detecção Precoce e Resposta Rápida a Espécies Exóticas Invasoras, João Vitor Sulino, explicou o trabalho será executado de porta em porta para a remoção dos animais. O ponto de encontro para o mutirão será na Praça do Trinta, às 18h.
Segundo informações do ICMBio, a presença desses moluscos tende a aumentar no período chuvoso (na ilha são registradas chuvas intensas de março a junho). Esses animais preferem ambientes úmidos e encontram maior disponibilidade de alimento e condições para reprodução.
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O técnicos do Instituto Chico Mendes informam, ainda, que a espécie Achatina fulica pode representar perigos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde humana, transmitindo o verme parasita Angiostrongylus cantonensis, responsável pela Angiostrongilíase meningoencefálica, uma forma grave de meningite eosinofílica, em humanos.
Os organizadores do mutirão vão disponibilizar luvas, sacos plásticos e cal. O protocolo de eliminação e descarte do caramujo- africano é o seguinte:
🐌 Usar luvas antes para manusear o animal;
🐌 Coletar o caramujo e ovas e colocar em um saco de lixo (de preferência, de material grosso) ou em um balde e jogar sal ou cal virgem no recipiente até cobrir a parte mole do animal;
🐌 Após 10 minutos, quebrar as conchas com um martelo ou algo similar e colocar o conteúdo (ovos, conchas e restos do animal) em mais de um saco, evitando vazamento de resíduos;
🐌 Descartar as luvas após o procedimento;
🐌 Entregar o material descartado (inclusive as luvas utilizadas para manuseio do animal) no Núcleo de Vigilância Animal, na Vila do Trinta.
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