Região é considerada a mais nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultraprofundas. Ela se estende por mais de 2.200 km ao longo da costa entre o Rio Grande do Norte e o Oiapoque, no Amapá. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta terça-feira (18), que não vai abrir mão de explorar as reservas de petróleo na chamada Margem Equatorial, que abrange a Bacia da Foz do Amazonas.
A margem equatorial se estende por mais de 2.200 km ao longo da costa entre o Rio Grande do Norte e o Oiapoque, no Amapá. A região é considerada a mais nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultraprofundas.
A declaração foi dada em entrevista à Rádio CBN. Ao ser questionado sobre a possibilidade de haver uma contradição entre lamentar o desastre climático do Rio Grande do Sul e o incentivo à exploração de petróleo na margem equatorial, Lula negou.
“Não tem contradição. Nós temos ali perto da margem equatorial, nós temos a Guiana, nós temos o Suriname explorando petróleo, ali próximo de nós. Quando a gente fala margem equatorial e a gente pensa que é foz do Amazonas, a que distância quilométrica está a possibilidade de ter petróleo? A 575 quilômetros da margem. Não é uma coisa que está ali na Amazônia”, afirmou Lula.
Exploração de petróleo na Margem Equatorial é debatida pela Comissão de Meio Ambiente
Lula também comentou que o Ibama tem posição diferente do governo. Por isso, disse que pretende chamar representantes do órgão, da Petrobras, e do Ministério do Meio Ambiente para tomar uma decisão sobre o assunto.
“As pessoas podem ter posições técnica, vamos debater tecnicamente. O que não dá é para gente dizer, a priori, que vai abrir mão de explorar uma riqueza que, se for verdade as previsões, é uma riqueza é muito grande do Brasil. É contraditório? É, porque estamos apostando muito na transição energética. Mas enquanto a transição energética não resolve nosso problema, o Brasil tem que ganhar dinheiro com petróleo”, completou.
Em abril, a Petrobras informou que descobriu acumulação de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, na margem equatorial brasileira.
– Esta reportagem está em atualização