Segundo ONU, barco transportava mais de 260 pessoas que haviam saído da região do chifre da África e que tentavam chegar nos países do Golfo Pérsico. Um barco que transportava migrantes afundou-se na costa do Iêmen, deixando pelo menos 49 mortos e 140 desaparecidos, informou terça-feira a Organização Internacional para as Migrações da ONU.
O barco transportava cerca de 260 pessoas, a maioria da Somália e da Etiópia que faziam uma viagem de cerca de 320 quilómetros (200 milhas) e afundou no Golfo de Áden quando afundou na segunda-feira (10).
Entre os mortos estavam 31 mulheres e seis crianças, disse ainda OIM.
O Iêmen é uma das principais rotas para migrantes africanos que tentam chegar aos países do Golfo Pérsico para trabalhar.
Apesar de uma guerra civil de quase uma década no Iêmen, o número de migrantes que chegam anualmente triplicou entre 2021 e 2023, passando de cerca de 27 mil para mais de 90 mil, informou a OIM no mês passado. Cerca de 380 mil migrantes estão atualmente no Iêmen, segundo a agência.
Todos os anos, dezenas de milhares de migrantes da região do Chifre da África, que tentam fugir dos conflitos, dos desastres naturais e da pobreza, arriscam as vidas em viagens pelo Mar Vermelho para tentar chegar aos países do Golfo.
Em abril, duas embarcações naufragaram na costa do Djibuti e dezenas de pessoas morreram.
Em 2023, a OIM registrou pelo menos 698 mortes nesta rota migratória.
Os migrantes que conseguem chegar ao Iêmen, do outro lado do Mar Vermelho, enfrentam mais problemas, já que este é o país mais pobre da península arábica e é cenário de uma guerra civil há uma década.
O objetivo dos migrantes é chegar a países ricos, como Arábia Saudita ou Emirados Árabes Unidos, para trabalhar no setor de construção ou como empregados domésticos.
Em agosto, a Human Rights Watch acusou os guardas de fronteira sauditas pelas mortes de “centenas” de migrantes etíopes que tentaram entrar no reino procedentes do Iêmen entre março de 2022 e junho de 2023. Riad rebateu o relatório da ONG e afirmou que as conclusões não eram baseadas em fontes confiáveis.