25 de dezembro de 2024

No Brasil, mãe de Gabriel Medina torce por medalha do surfista nas Olimpíadas de Paris: ‘Ele é impecável’

O surfista volta nesta quinta-feira (1º) ao mar de Teahupo’o, no Taiti, para disputar as quartas de final do surfe nas Olimpíadas de Paris. Confronto será com outro surfista brasileiro: João Chianca, o Chumbinho. Gabriel Medina recebeu nota 9.9 por sua onda no Taiti.
Jerome Brouillet/AFP/Via BBC
Gabriel Medina disputa nesta quinta-feira (1º) mais uma bateria no surfe dos Jogos Olímpicos de Paris. Ele enfrenta outro brasileiro – o surfista João Chianca, conhecido como Chumbinho -, pelas quartas de final. Quem somar as maiores notas avança para a semifinal.
O duelo entre os brasileiros está previsto para acontecer por volta das 20h, no horário de Brasília – o ge acompanha em Tempo Real.
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A última bateria de Medina, nas oitavas de final, entrou para história do esporte. O surfista pegou uma onda ‘quase perfeita’ e conseguiu nota 9,90, a maior avaliação dos Jogos Olímpicos até aqui.
A mais de 10 mil quilômetros de distância de Teahupo’o, no Taiti, onde é disputado o surfe nas Olimpíadas de Paris, a mãe de Gabriel, Simone Medina, vê o filho encantando o país mais uma vez. Ela está em Maresias, em São Sebastião, no Litoral Norte de São Paulo, onde o surfista nasceu, cresceu e pegou as primeiras ondas.
Imagem de arquivo – Simone Medina, mãe de Gabriel Medina
Danilo Sardinha/GloboEsporte.com
Mesmo de longe, a mãe acompanha cada momento do filho nas Olímpiadas e está orgulhosa do desempenho do surfista. Para ela, a nota alta que Medina conquistou na última etapa é, além de talento, consequência da preparação e da maturidade do filho.
“O Gabriel foi exigente com ele mesmo durante toda a preparação. Não só para as Olimpíadas, mas de forma geral. Ele está com 30 anos já. Tem maturidade na vida e também no esporte, sabe que precisa estar mais focado e sabe que precisa de um nível muito alto para ir bem”, afirma.
Neste ano, o padrasto de Gabriel Medina, Charles Saldanha, o Charlão, viajou ao Taiti para acompanhar o Medina, o que ajudou na preparação do surfista para os jogos.
“Com o Charles eu fico mais tranquila. Ele e o Gabriel são parecidos, são passo a passo, bateria por bateria. O que era bom fica ainda melhor. O Gabriel está em uma fase super boa”, ressalta Simone.
“A gente já passou por três títulos mundiais. É quase a mesma coisa. A gente leva muito a sério nossa conexão como família. A família te ajuda a buscar (a performance), independente do resultado”, completa.
Paris-2024: Gabriel Medina e João Chianca vão se enfrentar por uma vaga na semifinal do surfe
Na última segunda-feira (29), a onda ‘quase perfeita’ de Medina ficou marcada não só pela execução, nota alta e vaga nas quartas de final, mas também por conta do adversário que foi superado. Medina venceu a disputa contra o japonês Kanoa Igarashi, que foi quem eliminou o brasileiro nas Olimpíadas de Tóquio.
Simone Medina afirma que, apesar disso, o clima de revanche que pintou na torcida brasileira não influenciou na motivação de Gabriel.
“Esse lance da revanche a galera leva muito à flor da pele. Hoje em dia o surfe está igual futebol, cada um torce para um. Isso não foi a motivação, Gabriel foi para a bateria como se fosse um adversário qualquer, ele adora Teahupo’o. A nota boa fez parte da motivação de estar lá, querendo surfar aquela onda. Não teve relação com a revanche. Para a gente foi um prazer ver o resultado, independente do adversário. A melhor onda do evento entrou para ele e ele só pensou em viver aquilo, independente de quem era (o adversário)”, pontuou a mãe.
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Apesar de Teahupo’o ser conhecido como um local perigoso para o surfe, Simone afirma que não fica mais tão preocupada e que o local destaca as atuações do filho.
“Antes eu ficava um pouquinho preocupada, mas depois que eu vi que ele gosta, fiquei mais tranquila. O Gabriel é muito técnico. Tecnicamente ele é impecável. Em Teahupo’o é preciso ser mais técnico do que talentoso para evitar o caldo e pegar os tubos” , finaliza.
Gabriel Medina em ação no Taiti
Reuters
* Pedro Boaventura colaborou sob supervisão de Alice Aires e Léo Nicolini.
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