13 de janeiro de 2025

No Vale do Taquari, moradores e prefeituras reconstroem ponte em 15 dias

A enchente do Rio Forqueta destruiu a ponte inaugurada há 85 anos com materiais vindos da Alemanha. Nesse tempo, o Exército ajudou moradores a cruzarem o rio. No Vale do Taquari, moradores e as prefeituras reconstruíram uma ponte em 15 dias.
Equipes das prefeituras de Arroio do Meio e Lajeado, com o apoio do Exército e de uma construtora, passaram o dia finalizando as obras na ponte de ferro e madeira. Semáforos vão regular a passagem de carros, motos e vans. Veículos pesados não podem passar pela estrutura, que é de mão única. Teve gente que cruzou de bicicleta e a pé.
“Levar o neném para fazer o testezinho da orelha, que era para ter sido no mês passado. Então, não tinha ponte, aí nós estamos indo hoje porque foi remarcado”, conta Eduardo Camargo, operador de empilhadeira.
A enchente do Rio Forqueta destruiu a ponte inaugurada há 85 anos com materiais vindos da Alemanha. Nesse tempo, o Exército ajudou moradores a cruzarem o rio. Primeiro, com botes. Depois, uma passarela flutuante – arrastada por uma nova enchente. Os militares recolocaram botes e construíram outra passarela – que continua sendo utilizada. A travessia por caminhos alternativos demora duas horas a mais.
Até que um grupo de empresários locais assumiu a recuperação da estrutura e terminou a obra em 15 dias – 110 mil pessoas vivem na região.
No domingo (9), uma ambulância foi o primeiro veículo a cruzar a estrutura após a reconstrução. Muitos pacientes do Vale do Taquari fazem tratamento médico, de forma contínua, em Lajeado. Um hospital, o maior da região, atende todo mês cerca de 1,5 mil pessoas com câncer ou que dependem de hemodiálise, e que vêm enfrentando dificuldades para se deslocar. Mas, agora, a reabertura da ponte deve encurtar as distâncias e trazer um pouco de alívio.
No Vale do Taquari, moradores e prefeituras reconstroem ponte em 15 dias
Jornal Nacional/ Reprodução
Os irmãos Edson e Diego moram em Arroio do Meio e precisam ir ao hospital três vezes por semana para hemodiálise. Para manter o tratamento, chegaram a ser transportados até de helicóptero.
“Não vai voltar a ser como era antes por enquanto, mas já vai ajudar muito a gente ter acesso pela ponte. A gente vai poder voltar a vir de carro. E sair daqui, já vai para casa”, diz o aposentado Edson Führ.
No fim da tarde, a prefeitura liberou o trânsito, com intervalos de cinco minutos, em cada sentido.
“Hoje, quando eu fui a Arroio do Meio, eu levei duas horas e meia, hoje ao meio-dia. E, agora, eu levei sete minutos. Não tem mais o que dizer”, conta a consultora Vera Azevedo.

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