11 de outubro de 2024

‘Noite difícil’, diz potiguar moradora da Flórida após passagem do furacão Milton

Furacão chegou ao estado americano na noite de quarta (9), deixando mortos e causando estragos. Outra potiguar decidiu sair de Tampa, cidade que seria atingida. Potiguares que estão nos Estados Unidos falam sobre furacão
“Foi uma noite bem difícil, de bastante vento, bastante chuva e alagamento”. Esse foi o relato da potiguar Elaine Cortez, que há seis anos mora na cidade de Kissimme, na Flórida, após a passagem do furacão Milton nesta quarta-feira (9) pelo estado norte-americano.
A passagem do furacão na Flórida, com ventos de até 205 km/h, deixou pelo menos dez mortos, segundo autoridades locais. Ruas ficaram alagadas e mais de 3 milhões de imóveis estavam sem energia em todo o estado.
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A cidade na qual a natalense Elaine Cortez mora com o marido e o filho fica a cerca de 10 minutos da Disney. Ela contou que é a primeira vez, nesses anos morando nos Estados Unidos, que precisou enfrentar de fato um furacão – antes, por exemplo, já havia se deparado com tempestades tropicais.
Elaine contou que ela e a família ficaram “um pouco assustados” dessa vez. “Com medo de vidro quebrar, janela quebrar, mas já passou, estamos bem”, relatou.
“Ainda tem muito vento aqui e agora é rezar, orar pelas pessoas do litoral, que precisam de ajuda, de oração”, completou em relato à Inter TV nesta quinta-feira (10).
Antes mesmo de tocar o solo, a aproximação de Milton à Flórida havia causado estragos. Houve diversos relatos de tornados relacionados à tempestade, que destruíram casas e derrubaram árvores.
O furacão perdeu força ao longo da madrugada enquanto avançava pelo continente. O olho do furacão já seguiu em direção ao Oceano Atlântico na manhã desta quinta, e a previsão é que ele enfraqueça ainda mais e vire uma tormenta tropical.
Reserva de comida e água
A potiguar Elaine Cortez relatou que reservou alguns itens em casa para caso de enfrentar uma situação mais drástica ou até mesmo uma possível queda de energia. Por isso, comprou também comida enlatada, que dispensa a preparação com fogo, por exemplo.
“Fiz reserva de água, de comida pra três dias. A gente faz de acordo com a quantidade de pessoas que tem na casa da gente. Eu geralmente faço comida reserva também, se faltar energia”, explicou.
“Deixei bastante água estocada, enlatados, que se faltar energia não preciso de esquentar comida. Estamos bem, estamos vivo”, reforçou.
Potiguar Elaine fez reserva de comida e bebida para enfrentar o furacão
Reprodução
Potiguar decidiu sair de cidade
A mossoroense Karol Brito decidiu sair da cidade de Tampa, rota do furacão, para Orlando antes da chegada do Milton. Ela faz um doutorado na cidade há cerca de dois meses.
“Apesar da minha casa não estar numa zona de evacuação, eu preferi sair, então eu vim aqui pra Orlando, que também é uma cidade que espera o furacão, mas a gente espera que ele chegue aqui um pouco menos forte, devido a ele estar mais longe da costa”, contou.
O olho do furacão atingiu a Baía de Tampa, onde vivem mais de 3 milhões de pessoas. Desde o início da semana, milhares de moradores foram retirados de áreas vulneráveis e encaminhados para abrigos.
A estudante lembrou que há cerca de duas semanas, os moradores de Tampa precisaram lidar com um outro furacão, “que também deixou rastros”, e que as recomendações dessa vez foram para armazenar água, comidas que não necessitam cozinhar, além de carregar itens como baterias recarregáveis, pela possibiidade de falta de energia.
“Eu estou grata por ter conseguido vir pra Orlando, mas orando por todas as pessoas que ficaram em Tampa”, contou. Segundo ela, o lema na Flórida é: “Ore pelo melhor, mas se prepare para o pior”.
Furacão Milton deixa mortos na Flórida
A passagem do furacão Milton, que atingiu o solo da Flórida (EUA) na noite de quarta-feira (9), deixou pelo menos dez mortos, segundo autoridades locais.
De acordo com a NBC News, a última contagem de mortes chegou a dez depois que o xerife do condado de Volusia, Michael J. Chitwood, confirmou que três pessoas morreram em sua jurisdição.
Rua “First st” em Fort Myers, Florida, no dia 9 de outubro de 2024 após o Furacão Milton atingir a Florida (depois)
CHANDAN KHANNA/AFP
“Uma pessoa morreu depois que uma árvore caiu”, disse, acrescentando que, naquele momento, não sabia como as outras duas tinham morrido.
🌪️🌪️🌪️ Antes mesmo de tocar o solo, a aproximação de Milton à Flórida havia causado estragos. Houve diversos relatos de tornados relacionados à tempestade, que destruíram casas e derrubaram árvores.
Um deles atravessou uma comunidade de aposentados em Fort Pierce, no condado de St. Lucie, na costa leste da Flórida e causou pelo menos duas das mortes registradas, de acordo com informações da polícia.
Ruas ficaram alagadas e mais de 3 milhões de imóveis estavam sem energia em todo o estado. O furacão perdeu força ao longo da madrugada enquanto avançava pelo continente. O olho do furacão já seguiu em direção ao Oceano Atlântico na manhã desta quinta, e a previsão é que ele enfraqueça ainda mais e vire uma tormenta tropical.
Quando tocou o solo, por volta das 21h30 de quarta-feira, Milton tinha ventos de até 205 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). Às 23h50, as rajadas estavam na casa de 165 km/h. Por volta das 2h, os ventos estavam em 145 km/h e o furacão havia sido rebaixado para a categoria 1.
Furacão Milton toca o solo dos Estados Unidos
Juan Silva/g1
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