27 de dezembro de 2024

Número de medidas protetivas concedidas a mulheres vítimas de violência cresceu 23% em Araçatuba

O número de medidas protetivas concedidas em Araçatuba (SP) aumentou 23% neste ano, em relação a 2023. A quantidade de pessoas presas em flagrante por violência doméstica também cresceu 7%. Número de medidas protetivas concedidas a mulheres aumenta em Araçatuba
Dados divulgados pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), apontam que o número de medidas protetivas concedidas a mulheres em Araçatuba (SP) aumentou 23% neste ano, em relação ao mesmo período em 2023.
Sendo 63 casos neste ano, contra 51 nos primeiros meses de 2023.
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Já o número de prisões em flagrante por violência doméstica cresceu 7%. Saltando de 42 no ano passado para 45 em 2024.
Ter coragem de pedir ajuda não é uma decisão fácil e este número alarmante mostra que as mulheres estão tendo a iniciativa de denunciar.
“Muitas vezes esse aumento de índice não é o aumento da violência contra a mulher. É o encorajamento da mulher que deixou de ser submissa e hoje enfrenta o problema. Ela denúncia e procura os órgãos necessários para que seja protegida”, explica o delegado Getúlio Nardo em entrevista à TV TEM.
A violência doméstica se manifesta de diversas formas. Segundo a lei Maria da Penha, ela pode ser física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.
Uma mulher que não quis ser identificada e contou em entrevista à TV TEM que foi agredida por dez anos.
“Ele começa de uma forma muito leve. Aquela forma que você não percebe a pessoa te diminuindo, te desprezando com palavras e atitudes. Depois começam a vir as agressões físicas. Um empurrão, uma puxada de cabelo sem querer. Até chegar a violência”.
Ela também conta que permaneceu por muito tempo no relacionamento por ter criado uma dependência com o companheiro. Também porque não encontrava outra forma de viver longe dele.
Esse tipo de violência não se manifesta somente entre marido e mulher, mas também em outros tipos de relação, como por exemplo, de mãe e filho. Até mesmo com outros familiares.
Em Araçatuba(SP) existem alguns canais que permitem que as vítimas busquem ajuda e denunciem
Reprodução / TV TEM
Segundo Juliana de Barros, coordenadora da Casa da Mulher Paulista em Araçatuba, a maior parte dos casos ainda acontece entre companheiros e ex-companheiros, porém vêm sendo registrado um aumento de violência praticada pelos filhos:
“Nós temos casos em que são adolescentes, outros casos em que são filhos adultos e cometem violência contra a mulher. Esses casos são mais difíceis para ela compreender porque é uma relação de mãe e filho e as mulheres, muitas vezes, se sentem culpadas”, disse em entrevista à TV TEM.
Em Araçatuba, a Casa da Mulher oferece atendimento psicológico, com assistente social e jurídico em total sigilo, buscando o melhor caminho para apoiar a mulher.
Com a medida o agressor é proibido de se aproximar da vítima. A determinação é expedida apenas com a denúncia, sem precisar escutar o outro lado.
Segundo a lei Maria da Penha, a quebra da medida protetiva é considerada um crime.
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) é especializada no atendimento a esses casos, oferecendo à vítima assistência e proteção.
Na sub-região de Araçatuba, a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) está presente em Araçatuba, Birigui e Penápolis. Nos municípios sem o órgão, a denúncia deve ser feita na Polícia Civil.
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