24 de dezembro de 2024

Número de mulheres que comandam lares se aproxima ao de homens na região de Campinas


Censo 2022 do IBGE mostra que o percentual de mulheres chefes de família se aproxima ao dos homens. Em Campinas, fatia saltou de 39,86% para 49,38% em 12 anos. Censo 2022: cresce número de mulheres ‘chefes de famílias’, e em Campinas 49,38% dos lares são comandados por elas
Dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE, mostram que cresceu o número de mulheres responsáveis pelo sustento da família. Na região de Campinas, os homens ainda são maioria, mas a presença feminina teve grande evolução em 12 anos.
Na metrópole, onde as mulheres são maioria da população (51,5%), a participação delas como chefes de família saltou de 39,86%, em 2010, para 49,38%. A expansão, no entanto, foi observado também na região – e é uma tendência em todo o Brasil.
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Números que na avaliação da economista Eliane Navarro Rosandiski, do Observatório PUC-Campinas, refletem as mudanças na sociedade, mas que é preciso discutir a questão salarial.
Apesar da maior participação feminina no mercado de trabalho, em geral, as mulheres ganham menos que os homens na Região Metropolitana de Campinas.
“Em média, aqui na região, os salários médios estão na faixa de 85%, 82%, vai variando mês a mês. Mas se a gente fizer uma segmentação por escolaridade, o dado que é assustador, mulheres de ensino superior ganham em torno de 67% do que os homens ganham”, alerta a economista.
A advogada Lucimara Ferreira de Sousa com a filha, em Campinas (SP)
Reprodução/EPTV
A advogada Lucimara Ferreira de Sousa está entre as mulheres responsáveis pelo lar, mas destaca a rotina sobrecarregada, e como a sociedade, ainda extremamente masculina, falha no acolhimento.
“Não é algo que desejo para minha filha. Lógico, tenho desejo que ela seja uma pessoa ativa, mas não sobrecarregada. Não uma mulher que tenta abraçar o mundo. Essa independência tem um ônus muito forte. O que poderia ocorrer é mais empatia. A sociedade se moldar a esssa nova realidade, de mães que cuidam de suas casas, que trabalham, e essa realidade ainda não tem, ainda temos uma sociedade extremamente masculina ainda. Não temos esse acolhimento para as mulheres”.

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