7 de janeiro de 2025

Nupes: Em um ano, preço médio da cesta básica sobe mais de R$ 100 no Vale do Paraíba


Pesquisa foi divulgada pelo Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais (Nupes) da Unitau nesta segunda-feira (6). Café foi o principal vilão da cesta básica na região em 2024
Marcus Desimoni/Reprodução
Dados divulgados na manhã desta segunda-feira (6) pelo Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais (Nupes) da Unitau mostram que o preço médio da cesta básica no Vale do Paraíba teve, em um ano, um reajuste de 3,93%.
Isso porque, em dezembro de 2023, o preço médio da cesta na região era de R$ 2.718,29. Em dezembro do ano passado, o preço médio fechou em R$ 2.825,07 — um acréscimo de R$ 106,78 em um ano.
O reajuste ficou abaixo da inflação registrada em 2024, que foi de 4,71% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
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O parâmetro usado pela pesquisa do Nupes é o de uma família com poder de compra de cinco salários-mínimos vigentes no mês de dezembro, valor total que, à época, representava R$ 7.060,00.
Entre as cidades pesquisadas, Taubaté foi a que teve a maior variação positiva em 2024, com alta de 5,38% — superior à média da região e acima da inflação.
Em dezembro de 2023, a segunda maior cidade da região havia fechado com um preço médio de R$ 2.677,25, enquanto no ano passado, em dezembro, fechou com média de R$ 2.821,35 — um acréscimo de R$ 144,10.
Nupes: Em um ano, preço médio da cesta básica sobe mais de R$ 100 no Vale do Paraíba
Paulo Whitaker/Reuters
Em São José dos Campos, a alta em um ano foi de R$ 91,17, passando de R$ 2.661,55 em dezembro de 2023 para R$ 2.752,72 no mês passado.
De acordo com o Nupes, os principais vilões da cesta básica na região em 2024 foram o café, com aumento de 51,44% no acumulado do ano, seguido pela laranja pera (+48,63%), acém (+30,13%) e o óleo de soja (+29,34%).
O Núcleo explicou que o clima adverso nos anos anteriores e a desvalorização do real em 2024 contribuíram para o aumento no preço do café.
Já a laranja pera teve alta devido às secas, além das pragas como o ‘greening’ e a falta de chuvas. A alta nos preços internacionais e a desvalorização do real contribuíram para o aumento no preço do produto.
Por outro lado, os principais produtos que tiveram queda no preço em 2024 foi a cebola, que teve redução de 45,30%. O tomate (-25,26%) segue na lista, além da cenoura (-22,25%) e a batata inglesta (-16,06%).
A queda no preço da cebola, segundo o Nupes, explica que houve bom desempenho na produção nas grandes regiões produtoras, além de boas condições climáticas.
Já para o tomate, a queda é explicada pelas boas condições climáticas, além de realinhamento nos preços.
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