Grupo acertou todos os números da Mega e entregou jogo e dinheiro para funcionário de lotérica. Após o sorteio, rapaz disse que havia usado o dinheiro ‘para outro fim’ e grupo descobriu que o jogo sequer havia sido validado. Há 30 anos, bolão de amigos acertava os números da Mega, mas levava ‘golpe’ de funcionário de lotérica
Arquivo pessoal
Há mais de três décadas, um bolão com 15 moradores de Sorocaba (SP) celebrava o prêmio de mais de Cr$174 milhões (R$ 62 mil na conversão atual) na Mega da Virada de 1991. A felicidade, no entanto, durou pouco: o que era para ser motivo de comemoração, virou motivo de tristeza e revolta.
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Carlos Mendes, de 74 anos, conta que ele e os outros 14 amigos se reuniam em um bar e, semanalmente, o funcionário da lotérica onde jogavam passava no local para recolher o dinheiro dos jogos. Na Mega da Virada de 1991, eles entregaram Cr$ 30 mil para o rapaz que, segundo o idoso, “usou o dinheiro para outro fim”. O homem não informou para que o funcionário utilizou o dinheiro.
Carro novo, casa própria e decepção
O morador de Sorocaba relembra que ele e os amigos já haviam tentado conquistar o prêmio em diversos sorteios. Em 1991, escolheram os números, entregaram ao funcionário junto do dinheiro e aguardaram. Ao sair o resultado, conferiram os números e viram que haviam ganhado – se o jogo tivesse sido registrado.
“Nós tínhamos muita confiança neste funcionário da Lotérica. Não era a primeira vez que jogamos lá, e o erro foi exatamente confiar demais”, conta.
O grupo de amigos voltou para a casa, onde iria aguardar pelo sorteio e torcer para que os seis dos treze números fossem sorteados. Chegada a hora, o sonho foi “realizado”: os números 11,19, 21, 25, 35 e 47 foram sorteados.
Carlos Mendes conta que planejou muita coisa para fazer com o montante, mas que as expectativas foram frustradas.
“Na época eu fiz planos de comprar um carro zero km, casa própria, walk machine (patinete motorizado dos anos 1980) para os filhos, mas quando ficamos sabendo que ele não havia apostado, foi frustrante.”
Carlos afirma que eles tentaram recorrer na Justiça contra o funcionário da Lotérica, mas que “o rapaz nunca compareceu na audiência do Fórum”, diz.
Depois do caso, o grupo de amigos nunca mais apostou na mega. Carlos, no entanto, ainda segue jogando e mantendo a tradição de jogar os mesmos 13 números e que ainda espera poder um dia conquistar o prêmio.
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